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Após concessão, Vale do Anhangabaú vira um polo de cultura e lazer em SP

Pouco mais de seis meses após o início da concessão pública, o Vale do Anhangabaú está se firmando como um centro cultural ao ar livre na região central. A programação das atividades obrigatórias previstas no contrato com a Prefeitura de São Paulo oferece

Gonçalo Junior (via Agência Estado)

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Escrito por Gonçalo Junior (via Agência Estado)
Publicado em 21.06.2022, 17:00:00 Editado em 21.06.2022, 17:08:01
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Pouco mais de seis meses após o início da concessão pública, o Vale do Anhangabaú está se firmando como um centro cultural ao ar livre na região central. A programação das atividades obrigatórias previstas no contrato com a Prefeitura de São Paulo oferece sessões de cinema e aulas de dança.

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Com a concessão, a Prefeitura quer ampliar a presença da população no vale, principalmente à noite e nos fins de semana.

Para isso, o contrato de concessão prevê atividades diárias com viés sociocultural, educativo, esportivo, recreativo e de lazer.

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Já foram realizadas cerca de mil atividades desde dezembro, de acordo com a concessionária Viva o Vale, liderada pela WTorre Entretenimento e pela Urbancom. Até o fim deste mês, serão 260 atividades.

"Propor mais de 250 atividades mensais gratuitas é fazer o Vale do Anhangabaú não mais um espaço de passagem, mas de permanência", diz Claudio Macedo, diretor-geral do Consórcio Viva o Vale.

A avaliação do poder municipal é positiva até o momento. "Em fase de ativação, foi observada boa interação com o público, bem como aumento na frequência. Hoje já existem atividades de lazer e culturais em todos os dias da semana e há previsão de expansão", avalia a Prefeitura em nota.

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O jornal O Estado de S. Paulo acompanhou a aula de samba-rock, uma das mais concorridas, na quinta-feira. Diante do "Palco do Chá", cerca de 50 duplas ouviam as instruções por volta das 20 horas - e o número aumentou bastante uma hora depois.

"A dama faz o giro e o condutor fica na base. Se errar, dá risada e faz de novo", convidava o professor ao microfone.

O "teto" do salão é o Viaduto do Chá e o fundo, o Vale. No segundo horário, é a mistura do samba com rock dos anos 1960 que fornece a trilha do velho centro. É chegar e dançar.

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As segundas são de bem-estar e qualidade de vida, que se traduzem nas aulas de muay thai, capoeira e tai chi chuan embaixo do Viaduto do Chá, ou aulas de ginástica na Sala Deck, perto da São João. Já nas terças se vê uma ocupação permanente: skatistas - e vale consultar a agenda de eventos em novoanhangabau.com.br.

Carência

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Mas quem frequenta o espaço há mais tempo, passa horas por ali ou está indo pela primeira vez pede mais locais de alimentação. "É a única coisa que está faltando", diz a estudante Célia Martins, de 17 anos.

No edital, a Prefeitura já afirmava que os quiosques "são de extrema importância para que seja possível alcançar o objetivo de ativação do espaço, com uso intenso da população".

Pessoas que ocupam os bancos de madeira que dão um ar de praça para o local também sentem falta.

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É o pedido do casal Anderson Pires e Vanessa Soares, ambos de 22 anos. Após um dia de trabalho em um escritório na Rua Boa Vista, decidiram parar ali para esperar o trânsito diminuir. "Não tem nenhum lugar para tomar um sorvete", diz ela.

A concessão envolve um espaço público histórico, aberto ao público e que deverá manter essas características a partir da administração privada. A empresa assumiu gestão, manutenção, conservação, vigilância e limpeza por dez anos. O contrato foi avaliado em R$ 55,4 milhões. A contrapartida é a exploração comercial.

O consórcio tem exclusividade para vendas de produtos em eventos não ligados à Prefeitura e é responsável pelos 11 quiosques da área, ainda fechados. Por ora, eles viraram mais uma pista para skatistas.

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"As tratativas comerciais para locação dos espaços continuam. Em dias de maior fluxo, há estruturas volantes como food trucks", diz Claudio Macedo.

Doze espaços públicos reconhecidos - como o calçadão histórico Las Ramblas, em Barcelona, a Rua Vitória, em Lisboa, e o Quartier des Spectacles, em Montreal - foram analisados para o plano de exploração comercial do Anhangabaú. A ideia é incluir mesas ao ar livre para que se possa comer e beber observando o movimento e criar espaços com intervenções artísticas.

A concessionária planeja eventos distintos, como aulas de adestramento para pets, shows, feiras e intervenções teatrais.

No comércio, cada região será dedicada a um nicho. A chamada Zona Pop, em frente à Praça dos Correios, terá alimentação, serviços e compras para um público variado, com foco em operações gastronômicas e preços acessíveis. Para ampliar a oferta, a concessionária prevê quiosques portáteis.

O Boulevard São João terá características típicas de calçadão de comércio. Na Praça Ramos de Azevedo, na frente do Municipal, o projeto pretende aproveitar as áreas construídas que hoje são depósitos. A intenção também é recuperar os mirantes da Rua Libero Badaró com cafés e restaurantes.

Fonte

Mas uma atividade que deve dar nova cara para a região está emperrada: o show das Fontes de Água. São previstos três por dia. A concessionária afirma que enviou relatório para a Prefeitura semana passada, informando sobre a necessidade de reforma estrutural, e aguarda o retorno para a manutenção. A Prefeitura diz tomar medidas, com a concessionária, para retomar as fontes.

Sobre a demanda de parte dos usuários de ter um espaço mais arborizado, a Secretaria do Verde disse que para a reurbanização do local foi autorizado o corte de 131 árvores, com a contrapartida de plantio de 177 mudas na área, além da entrega de 420 mudas nativas ao Viveiro Manequinho Lopes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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