Um jovem de 24 anos, acusado de decepar a mão de um policial militar reformado de São Paulo vai a júri popular nesta terça-feira (12/12). O caso ocorreu em julho de 2022, na Asa Norte, área nobre do Distrito Federal, e foi revelado pelo Metrópoles. O réu, Mateus Henrique Alves Silva responde por tentativa de homicídio.
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Segundo a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), em abril deste ano, Mateus “iniciou a execução de um crime de homicídio, que somente não se consumou por circunstâncias alheias à sua vontade, visto que a vítima se protegeu do golpe direcionado à sua cabeça com o punho, decepando sua mão”.
Ao aceitar a denúncia, a juíza Nayrene Souza, do Tribunal do Júri de Brasília, destacou que “há provas de materialidade e indícios suficientes” da autoria do crime. Por isso, tornou Mateus réu pelo crime de tentativa de homicídio por motivo fútil.
O caso ocorreu na 905 Norte e foi revelado pelo Metrópoles. O policial militar reformado de São Paulo Leandro Percivalli, 37 anos, precisou amputar a mão esquerda após ter o membro decepado ao tentar defender uma mulher das agressões do namorado. Leandro mora no Distrito Federal com a namorada, Lívia Oliveira, 32. Mateus fugiu do local e foi encontrado na casa de parentes, no Paranoá Park, e não resistiu à prisão.
"Eu acordei com os gritos da mulher. O homem dizia que estava armado. Saí de casa para neutralizar o agressor, mas não vi que ele estava com um facão. Ele me deu apenas uma facada, e foi o suficiente para decepar minha mão", contou o PM à época.
O crime foi gravado por câmeras de segurança, e as imagens são fortes. Leandro diz que foi atacado ao tentar defender a namorada do suspeito, que pedia socorro. Ele afirma que o homem ainda tentou causar mais ferimentos. "[Depois do golpe], eu já comecei a sentir muita dor. Extrema, extrema, muito forte. E ele continuava avançando contra mim, para continuar o serviço. Ele queria me matar mesmo", disse ao G1, à época do fato.
Leandro foi socorrido ao Hospital de Base do DF, teve a mão amputada, e recebeu alta no domingo (3). Já o agressor fugiu. O caso está sendo investigado pela 2ª Delegacia de Polícia, na Asa Norte. O PM reformado diz que não se arrepende do ato.
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