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Dengue: startup quer instalar 1 milhão de armadilhas no entorno de hospitais antes da chegada da COVID-19

Não é só o COVID-19 que tem assombrado os gestores públicos e a população em geral. O Aedes aegypti, conhecido dos brasileiros de longa data, parece não dar trégua, e a epidemia de Dengue segue crescendo país afora. Se no ano passado houve recorde de noti

Da Redação

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Dengue: startup quer instalar 1 milhão de armadilhas no entorno de hospitais antes da chegada da COVID-19
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Escrito por Da Redação
Publicado em 17.04.2020, 16:38:00 Editado em 17.04.2020, 16:39:25
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Não é só o COVID-19 que tem assombrado os gestores públicos e a população em geral. O Aedes aegypti, conhecido dos brasileiros de longa data, parece não dar trégua, e a epidemia de Dengue segue crescendo país afora. Se no ano passado houve recorde de notificações, neste ano, quando a atenção se volta ao COVID-19, a luz vermelha acendeu. A transmissão da doença está maior e já se contam cerca de 50% mais casos em todo o país.De acordo com o último Boletim Epidemiológico disponibilizado pelo Ministério da Saúde, até a primeira semana de abril já são mais de meio milhão de casos prováveis, concentrados na região de Cerrado. Os índices são alarmantes como os números atestam no PR, MS, DF e MT. Em situação preocupante também estão os estados AC, GO e SP, todos também já tecnicamente em epidemia de dengue logo no primeiro trimestre do ano.No mapa oficial em laranja estão assinaladas cidades em situação pré-epidêmica; em vermelho e marrom, aquelas em epidemia e severa epidemia, respectivamenteNessas regiões a dengue sozinha já desafia o sistema de saúde: interna 1 a cada 100 pacientes atendidos nos postos de saúde, leva para UTI 1 a cada 10 desses que foram internados, dos quais falecem a metade, em sua esmagadora maioria idosos. Portanto, a perspectiva de provável sobreposição desse preocupante quadro sanitário com a inevitável chegada do COVID-19 exige redobrado cuidado com o controle do vetor nas áreas onde se localizam os equipamentos de saúde, para que pacientes e acompanhantes ao buscarem socorro médico não acelerem ainda mais a transmissão das arboviroses.E a situação que todos vivenciam no momento vem desafiando ainda mais as atividades de controle do vetor a campo. A população refugiada em suas casas vem fechando a janela ao fumacê e a porta à visita do agente de endemias.Sensível a este cenário de adversidades e epidemias crescentes, a BR3 pretende doar meio milhão de tabletes de DengueTech para municípios que estejam enfrentando epidemia de dengue. O volume disponibilizado é para somar e otimizar as ações de controle do vetor, educação e mobilização da população, com foco no entorno de hospitais e postos de saúde, para melhorar a proteção dos edifícios de equipamentos de saúde e também nas suas vizinhanças."O intuito é utilizar o DengueTech para transformar criadouros em armadilhas nos hospitais, unidades básicas de saúde, e também nos quarteirões de seus entornos", explica Rodrigo Perez, Diretor na BR3. "Com o engajamento de servidores municipais e da comunidade, a tecnologia permite que essa ação seja feita rapidamente, o que certamente reduzirá muito, e rapidamente, a população de mosquito nas áreas mais críticas, protegendo pacientes e equipes de saúde. O DengueTech entrega o que a OMS demanda há anos: que as estratégias públicas ofereçam capacidade e velocidade de resposta, necessidade e sentimento que agora mais do que nunca estão explícitos e compartilhados".Para receber as doações as prefeituras deverão entrar em contato com a BR3 pelo e-mail sossaude@br3.ind.br e atenderem a alguns requisitos. "É para ser tudo muito simples e ágil. Basicamente precisamos que gestor do equipamento de saúde manifeste interesse e coordene as ações com o serviço de controle de vetores; e este, a zoonose como se costumam chamar, informe que o município se encontra em epidemia e se comprometa fazer o trabalho em até 10 dias após a chegada do DengueTech, na quadra do hospital e nas quadras contíguas, disponibilizando Agentes de Endemias e Agentes Comunitários de Saúde para a execução das atividades a campo. Recebidos esses documentos, quantificamos e despachamos por Sedex pelos Correios para qualquer cidade do país em pouquíssimos dias", afirma Perez.Além da tecnologia DengueTech em si, a BR3 também disponibilizará todo o conteúdo digital de suas redes para os municípios aproveitarem e ganharem velocidade na difusão de conhecimento para toda a comunidade local. Há conteúdos para alimentação de blogs, redes sociais, aplicativos de mensagens, etc., tudo acessível a partir do https://www.denguetech.com.br"É muito simples usar nas nossas casas e capacitar pessoas a se tornarem multiplicadores no uso do DengueTech. Se houver coordenação, adesão e cooperação, podemos suprimir significativamente populações de Aedes do entorno de uns 500 hospitais em situação crítica. O SOSSaúde é um projeto que nos motiva muito pois tem um enorme propósito. Podemos fazer isso tudo em 30 dias e dar o exemplo de que com criatividade e cooperação é possível fazer muito mais, e juntos salvarmos vidas! Nesse momento de tantos desafios, será muito bacana retribuir de modo mensurável e difuso a todo o apoio que recebemos dos ecossistemas nacional e estadual de inovação", torce agradecendo Perez.Sobre o DengueTechO DengueTech age diretamente nas larvas do mosquito da dengue, matando centenas delas em poucas horas, e seu efeito dura por 60 dias. Além disso, ele não desequilibra o meio ambiente, pois seu agente controlador, o BTI (Bacillus thuringiensis israelensis), é um microrganismo de ocorrência natural que impede que o mosquito desenvolva resistência (o que torna cada vez mais difícil o seu controle por entidades químicas).Diferente de todas alternativas utilizadas atualmente, o DengueTech não afeta outros insetos importantes para a natureza, nem expõe à população a produtos perigosos. Por isso o DengueTech se encontra registrada na Anvisa na modalidade de venda livre, o que autoriza o seu uso e distribuição gratuita por entes públicos e privados para toda a população.O uso do BTI para o controle larvário do Aedes é recomendado pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).A tecnologia foi desenvolvida em parceria com a FIOCRUZ, no CIETEC, com apoio da USP, IPEN, FINEP e FAPESP.Link do site do MS onde o Boletim se encontra publicado em: https://www.saude.gov br/images/pdf/2020/April/16/Boletim-epidemiologico-SVS-16 pdf

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