Marcelo Adnet foi o entrevistado do programa Saia Justa da noite desta quarta-feira, 15, no canal GNT, e falou que não sente vergonha de falar sobre os abusos sexuais dos quais foi vítima na infância. Ele fez a revelação dos crimes na última sexta-feira, 10, em entrevista à revista Veja, quando contou que a primeira vez foi aos sete anos e depois aos 11.
"Na primeira, nem sabia o que era sexo. O caseiro do lugar onde eu passava as férias começou a se aproximar de mim e pedir favores. Ele me chantageava dizendo que, se eu contasse algo a qualquer pessoa, meu cachorro morreria. Eu era muito ingênuo. Um dia, quando só estávamos eu e ele em casa, foi para cima de mim. Senti uma dor imensa, mas durou pouco porque meus parentes, que tinham ido ao mercado, voltaram para buscar a carteira. Mais tarde, o pesadelo se repetiu com um amigo mais velho da família. Ele não chegou a consumar o ato, como o caseiro, mas me beijou e passou a mão no meu corpo. Foram dois episódios difíceis", relembrou.
No Saia Justa, Adnet disse que recebeu mais "abraços e confissões abertas" que ofensas quando a matéria foi publicada, mas foi alvo de comentários homofóbicos nas redes sociais.
"Houve muitas agressões que eu não recebi na minha rede íntima, pois ninguém próximo a mim teve algum tipo de reação ruim. Nas redes sociais, o ataque foi bastante agressivo", disse. "Apesar dos ataques baixos, cretinos e alucinantemente ridículos que até me fizeram rir em algum momento e ter pena de quem me atacava, a quantidade de carinho e apoio que recebi foi muito maior", afirmou.
Um dos que fizeram ataques preconceituosos nas redes sociais foi um militar da Marinha. O indivíduo apagou o comentário, mas a instituição se posicionou pelo Twitter sobre o caso, dizendo que "repudia qualquer atitude que ofenda a dignidade humana e a ética" e abriu um processo administrativo para apurar os fatos em questão e "adotar as medidas administrativas decorrentes".
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