A Coreia do Sul notificou nesta segunda-feira (6) menos de 50 novos casos de novas infecções por Sars-Cov-2 pela primeira vez desde o pico de contágio em fevereiro.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) elogiou o país pelo combate ao surto.
O Centro Coreano para Prevenção e Controle de Doenças (KCDC, na sigla em inglês) afirmou que foram 47 novas infecções até a meia noite de domingo, comparado com 81 no sábado.
No total, pouco mais de 10 mil pessoas no país foram infectadas.
Houve 8 novas mortes na Coreia do Sul, o que leva o número total para 191.
A Coreia do Sul tem controlado a epidemia, com menos de cem novos casos por dia no último mês. Essa é a primeira vez que há menos de 50 novos casos desde o dia 29 de fevereiro.
Em fevereiro, a Coreia do Sul revelou que tinha o segundo maior surto fora da China.
Rastreamento de infecções e testes
Um programa de testes em massa e rastreamento de contatos ajudou a conter o vírus, que se espalhou muito mais rapidamente em outros países.
Tedros Adhanom Ghebreyesus, presidente da OMS, teve uma conversa telefônica de 25 minutos com o presidente Moon Jae-in, na qual elogiou a capacidade da Coreia do Sul para agir ativamente para apoiar outros países com técnicas de prevenção e materiais se a situação permitir.
Moon disse que conversou com líderes de cerca de 20 países.
Tedros propôs que Moon ajude países da África que tem poucos kits de testes.
Multa de até R$ 42 mil
Apesar dos dados da Coreia do Sul, as autoridades disseram que é preciso aumentar a vigilância, porque a epidemia pode voltar a ganhar força.
Há preocupação com igrejas, hospitais e asilos e com viajantes que voltam do exterior.
No sábado, o governo prorrogou a campanha de distanciamento social por duas semanas, citando pequenos grupos de infecções.
Os sul-coreanos se abstiveram de se socializar em fevereiro, quando o número de casos aumentou exponencialmente, mas mais pessoas começaram a sair recentemente, porque o tempo ficou mais quente, e as pessoas se cansaram do isolamento, disse Kim Gang-lip, vice-ministro de Saúde do país.
O movimento de pessoas aumentou cerca de 20% no fim de semana em comparação com o fim de fevereiro, disse ele, citando dados da agência estatal de estatística e da SK Telecom, a maior operadora de celular do país.
A partir de domingo, o governo aumentou as multas para quem violar as regras de quarentena em até 10 milhões de won (R$ 42,7 mil) em multas ou um ano de prisão, contra 3 milhões de won (R$ 12,7 mil) em multas.
As autoridades relataram vários casos de violação das regras de quarentena nos últimos dias. O governo da cidade de Gunpo, ao sul de Seul, disse no domingo que apresentou uma queixa à polícia contra um casal na casa dos 50 anos e seus filhos que se separaram do isolamento e saíram mesmo após testes positivos para o vírus.
Um estudante coreano que vive nos Estados Unidos provocou alvoroço público depois de tomar um remédio contra febre antes de voltar para casa no final do mês passado. Descobriu-se que o estudante havia contraído o vírus, colocando outras 20 pessoas que fizeram o mesmo voo em quarentena.
"Não podemos manter o distanciamento social para sempre", disse Kim. "Mas é a medida mais eficaz para ajudar a proteger os outros e a si mesmo".
(Bem Estar)
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