O Índice de Confiança da Construção, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu 2 pontos na passagem de fevereiro para março e alcançou 90,8 pontos, em uma escala de zero a 200. Apesar de duas quedas consecutivas, a média do índice no primeiro trimestre de 2020 (92,6 pontos) é 2,7 pontos maior do que a média do quarto trimestre de 2019 (89,9 pontos).
A queda foi provocada principalmente pela confiança no futuro, medida pelo Índice de Expectativas, que recuou 3,5 pontos e chegou a 95,5 pontos, o menor valor desde junho de 2019 (92,9 pontos).
Já o Índice de Situação Atual (ISA-CST), que mede a avaliação dos empresários da construção sobre o momento presente, caiu 0,4 ponto, depois de nove avanços consecutivos, passando para 86,3 pontos.
Segundo a pesquisadora Ana Maria Castelo, a construção mostrava um início de retomada depois de um período de grande retração, mas a disseminação do novo coronavírus (Covid-19) mudou o cenário.
O Nível de Utilização da Capacidade do setor recuou (1 ponto). Essa foi a terceira queda consecutiva que levou o nível para 69,6%, o menor desde setembro de 2019.
Comércio
Na quarta-feira (25), a FGV divulgou o Índice de Confiança do Comércio (Icom), que caiu 11,7 pontos de fevereiro para março deste ano, a maior queda do indicador desde o início da série histórica, em abril de 2010. Com a queda, o índice chegou a 88,1 pontos, o menor valor desde agosto de 2017 (85,6 pontos). A confiança caiu nos seis segmentos pesquisados pela FGV.
Segundo o pesquisador da FGV Rodolpho Tobler, a queda da confiança em março é um primeiro sinal do impacto do novo coronavírus (Covid-19) no setor.
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