A pandemia do COVID-19, o novo coronavírus, obrigou a Federação Paranaense de Futebol (FPF) a realizar a última rodada da fase de classificação do estadual, no último domingo (15), com portões fechados. Além das delegações dos clubes, da imprensa e dos envolvidos diretamente na partida, oito auditores do Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR), incluindo o presidente Adelson Batista de Souza, estiveram presentes para assistir ao jogo após exigirem entradas no estádio.
No relatório do delegado responsável pela partida, Wilson Fabiano Moura, foi confirmado o nome de todas as pessoas que estavam no camarote da diretoria do Coritiba e no camarote destinado aos dirigentes do Athletico.O que chamou a atenção foi a presença, no mesmo relatório, da presença de vários auditores do TJD-PR: Gisele Amboni, Thiago B. Lucas de Oliveira, Daniel Singer, Rodrigo Philipe F. de Galléas, Anderson Gaspar, Marcelo Oliveira de Oliveira, e do presidente Adelson Batista de Souza.
No blog do jornalista Zé Beto foi divulgada uma conversa privada entre um colaborador do Coritiba e o presidente do TJD, garantindo a entrada de 17 membros solicitados pelo portão 13 do estádio Couto Pereira. O clube foi procurado e garantiu que não vai se manifestar sobre o assunto.
Porém, de acordo com informações da Banda B, o Coritiba, inicialmente, foi contra a entrada dos membros do TJD-PR, que utilizaram de base o artigo-20 do CBJD (o auditor, sempre que entender necessário para o exercício de suas funções, terá acesso a todas as dependências do local, seja público ou particular, onde estiver sendo realizada qualquer competição da modalidade do órgão judicante a que pertença, à exceção do local efetivo da disputa da partida, prova ou equivalente devendo ser-lhe reservado assento em setor designado para as autoridades desportivas ou não) para acompanharem o jogo.
Em entrevista à Banda B, o presidente do TJD-PR explicou a situação e disse que houve uma redução no número de auditores presentes por conta da pandemia. “Nós somos em mais de 50 membros no tribunal. Sete já é um número reduzido e foi enviado um ofício de 17 auditores. Houve uma redução drástica em razão de toda a situação”, disse.
“O CBJD, em seu artigo 20, prevê o nosso acesso aos jogos. Nós não fomos lá como torcedor, mas para fiscalizar. Eu, como presidente do Tribunal, e outros membros fomos verificar se tudo estava sendo cumprido. O pessoal do Tribunal vai em quase todos os jogos e quase não é divulgado. Como houve essa situação de não acessar a torcida, o clube disse que não ia liberar. O Tribunal tem o prazo de 48 horas antes de informar quem estará presente. Foram sete pessoas que assistiram ao jogo em um local isolado e não teve problema nenhum. Houve uma pequena revolta do clube, mas posso dizer que ‘n’ funcionários do clube não precisavam estar lá”, acrescentou o presidente.
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