Leia a última edição
--°C | Apucarana
Euro
--
Dólar
--

Cotidiano

publicidade
COTIDIANO

Assembleia inicia discussão sobre políticas públicas para deixar as cidades mais inclusivas para as mulheres

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Telegram
Siga-nos Seguir no Google News
Grupos do WhatsApp

Receba notícias no seu Whatsapp Participe dos grupos do TNOnline

Assembleia inicia discussão sobre políticas públicas para deixar as cidades mais inclusivas para as mulheres
Autor Foto: Reprodução

A calçada estreita ou esburacada, o muro alto e contínuo, o canto sombrio na praça. A falta de banheiro feminino no centro, a delegacia da mulher distante e, muitas vezes, de portas fechadas, o ônibus lotado. As cidades, como são pensadas e estruturadas hoje, não são feitas para as mulheres. O espaço público é hostil ao gênero feminino. Para debater esta realidade, a Assembleia Legislativa do Paraná iniciou nesta segunda-feira (09) uma discussão que pretender elaborar políticas públicas criando regras mais claras nos planos urbanísticos, contemplando de fato as necessidades femininas.

A audiência pública “Mulheres e Cidades Inclusivas” reuniu arquitetas, urbanistas e estudiosas para apontar problemas na forma em que o poder público pensa e desenvolve o espaço urbano. O objetivo é a elaboração de leis e políticas públicas de inclusão. A proposta é de que as cidades do futuro sejam pensadas por mulheres para abrigar as mulheres. “O lugar feminino nas cidades é um não-lugar. Queremos cidades mais seguras, democráticas e justas”, disparou Sandra Bazzo, vice-presidente da Comissão de Estudos de Violência de Gênero da Ordem dos Advogados seção Paraná (Cevige/OAB-PR).

publicidade
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.

“As cidades não são feitas para mulheres. Geralmente são pensadas por homens para homens. Pode não ser proposital, mas é cultural. Os ônibus lotados, sem espaços para bolsas ou carrinhos de bebê. A falta de mais banheiros públicos femininos”, exemplificou ela. Pontos como insegurança, assédio sexual e falta de planejamento para anteder as demandas são destacados. “Como criar espaços mais democráticos que atendam a todos os gêneros?”, indagou Célia Regina Bim, diretora de projetos do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC).

“Devemos proporcionar melhores condições para que as mulheres e excluídos participem dos espaços públicos. Quando isso acontecer, a cidade será melhor para todos”, disse Margareth Menezes, presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Paraná (CAU/PR). “Durante todos estes anos, o planejamento urbano teve o homem como centro. Com isso, a mulher é que mais sofre. Precisamos criar um novo olhar para este planejamento, tendo a mulher como centro do cuidado e atenção”, completou.  

A coordenadora-adjunta da Comissão de Equidade de Gênero do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Paraná (CEG-CAU/PR), Rafaela Weigert, chamou a atenção para a ausência feminina na discussão do planejamento de cidades que diminuam as desigualdades. “Hoje, 60% das profissionais da área são arquitetas, mas elas não são envolvidas na confecção de planos diretores, por exemplo. O que seria pensar as cidades do ponto de vista de uma urbanista? Como seria esta cidade ideal?”, perguntou.  

publicidade

Apoio – Proposto pelo presidente do Legislativo, deputado Ademar Traiano (PSDB), em parceria com a deputada Mabel Canto (PSC) e o deputado Goura (PDT), o debate deve se estender a municípios do interior do Estado. Traiano exaltou a inciativa e disse que a Assembleia é parceira do movimento. “Entendemos que é preciso pensar as cidades sob a ótica feminina. Esta discussão proporciona o surgimento de ideias e sugestões que possam enriquecer o tema, resultando em leis duradouras. Vamos acatar e encaminhar todas as sugestões”, disse o presidente da Casa. 

Para Mabel Canto, a audiência representa a lutas das mulheres por mais espaço e direito na sociedade. “Tenho abraçado e trabalhado em prol de ideias que beneficiem as mulheres. Vamos elaborar mudanças legislativas que tornem a inclusão feminina uma obrigação”, disse. “Nosso objetivo é elaborar uma proposição legislativa em que projetos financiados pelo Estado prevejam pontos com este olhar diferente. Queremos sensibilizar o governo de que todas as obras contemplem as mulheres”, encerrou o deputado Goura. 

Gostou da matéria? Compartilhe!

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Email

Últimas em Cotidiano

publicidade

Mais lidas no TNOnline

publicidade

Últimas do TNOnline