A Justiça condenou a 22 anos de prisão o homem réu por matar a esposa e tentar enganar a polícia para que parecesse suicídio, em Curitiba. O julgamento terminou na noite de sexta-feira (7).
Nelson Rogério Prado, de 43 anos, foi condenado por homicídio qualificado, com três qualificadoras: asfixia, motivo torpe e por razão de gênero – o que caracteriza feminicídio – além de fraude processual.
O crime foi registrado em 23 de julho de 2018. O corpo da professora Adriana Cristina Cazon dos Santos, também de 43 anos, foi encontrado na casa onde ela morava.
À época, segundo a Polícia Civil, a situação em que a vítima foi encontrada aparentava que o caso poderia se tratar de suicídio por enforcamento.
Entretanto, a perícia revelou indícios que não indicavam suicídio por enforcamento, mas homicídio.
A defesa do réu informou que vai recorrer da sentença "conforme já havia impetrado apelado pela ausência de perícias".
Nelson Rogério Prado foi condenado a 22 anos de prisão, na noite de sexta-feira (7) — Foto: Reprodução/RPC
Agressividade
Durante a investigação do caso, a Polícia Civil revelou que, após análise de depoimentos de testemunhas e do celular da vítima, foi constatado que o casal havia brigado na manhã do dia do crime. Conforme a polícia, o motivo foi uma suposta traição de Adriana.
A polícia informou ainda que testemunhas relataram que Prado possui características de uma pessoa controladora, agressiva e ciumenta.
Ainda conforme a polícia, Adriana queria se divorciar do réu, mas o homem não aceitava. Segundo a investigação, a vítima nunca registrou Boletim de Ocorrência (B.O.) contra o réu para tentar preservar a imagem da família.
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