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Preso diz que trio esfaqueou motorista de aplicativo “sem dó”

Em depoimento à Polícia Civil, na tarde dessa quinta-feira (24/01/2020), um dos quatro presos suspeitos de matar brutalmente o motorista de aplicativo Maurício Cuquejo Sodré, 29 anos, disse que o grupo esfaqueou a vítima “sem dó”. Segundo o chefe da 2º De

Da Redação

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Preso diz que trio esfaqueou motorista de aplicativo “sem dó”
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Escrito por Da Redação
Publicado em 24.01.2020, 11:24:00 Editado em 24.01.2020, 11:28:50
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Em depoimento à Polícia Civil, na tarde dessa quinta-feira (24/01/2020), um dos quatro presos suspeitos de matar brutalmente o motorista de aplicativo Maurício Cuquejo Sodré, 29 anos, disse que o grupo esfaqueou a vítima “sem dó”. Segundo o chefe da 2º Delegacia de Polícia (Asa Norte),  Laércio Rossetto, os acusados utilizaram ao menos duas facas para atacar o rapaz, que realizava a sua última corrida do dia antes de voltar para casa, em Santa Maria. Elas foram deixadas no local do crime.

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O corpo foi achado na madrugada de quinta, na área rural da Granja do Torto. Três adultos presos horas depois pela 2ª DP foram indiciados por latrocínio (roubo seguido de morte) e corrupção de menor. O adolescente, por ato infracional ao crime de latrocínio. Os maiores passarão por audiência de custódia nesta manhã, onde a Justiça irá decidir pela manutenção da prisão o ou soltura dos suspeitos. Já o adolescente será encaminhado para um juiz da Vara da Infância e Juventude, que vai avaliar qual e a melhor medida socioeducativa a ser aplicada.

Maurício levou diversas facadas. De acordo com as investigações, os suspeitos consumiam bebidas alcoólicas, fizeram a chamada pelo aplicativo para roubar o condutor, na mesma região onde o corpo foi achado. “Essa seria a isca para poder cometer o crime”, disse o delegado.

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Durante o interrogatório, os suspeitos confessaram que queriam levantar mais dinheiro para continuar consumindo bebidas. “Foi aí que tiveram a ideia de roubar o motorista, chamado para a entrega de uma comida, não tinha a menor necessidade de matarem a vítima. Mataram de pura maldade”, ressaltou Rossetto.

Ainda de acordo com o delegado, os criminosos estavam se preparando para fugir do Distrito Federal. “Tinham mochilas prontas para deixar Brasília”, disse. Durante a confissão, os bandidos afirmaram que a ideia era apenas roubar os pertences e liberar Maurício. “Contudo, eles temiam que o motorista pegasse uma arma de fogo e usasse contra eles. Ocorre que essa afirmação não tem procedência, pois não encontramos nenhum vestígio de arma de fogo”, acrescentou o delegado.

Tentativa de defesa

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Dentro do carro do motorista, a polícia encontrou indícios de ter ocorrido uma briga entre os suspeitos e a vítima. Após ser esfaqueado na cabeça, no pescoço e no rosto, Maurício foi colocado no porta-malas do Renault Logan recém-adquirido com a ajuda da mãe, Maria do Socorro Sodré.

“Ele foi colocado ainda com vida na mala. A ideia inicial era desovar o corpo no matagal, mas, segundo contam (os suspeitos), como estavam sob efeito de álcool, acabaram entrando com o carro dentro do buraco. Apuramos que eles então decidiram desovar o corpo na vala. Antes, ainda desferiram mais facadas na vítima”, destacou o delegado.

O corpo de Maurício deve ser enterrado na manhã de sábado (25/01/2020) no Cemitério Campo da Esperança do Gama. O rapaz formado em gastronomia, que estava juntando dinheiro para montar seu próprio restaurante, hemofílico, comemorou, pouco antes de ser morto, o número de corridas na noite de quarta. “De Taguatinga eu peguei um pra Águas Claras, depois Guará. Aí do Guará eu peguei Sobradinho”, disse em um grupo de WhtasApp.

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Um print do aplicativo mostra a última corrida feita pelo rapaz. A família não se conforma. Nessa quinta, após o corpo ser descoberto, a mãe da vítima não conseguia entender tamanha brutalidade. “Por que mataram, meu Deus?Já tinham roubado”, questionou Maria do Socorro, que foi ao local do crime.

Irmão de Maurício, Marcus Sodré, 23, disse que a relação entre os dois era bem próxima. “Ele estava cheio de planos, de expectativa, queria até comprar uns livros de economia para entender mais sobre o assunto. Era uma pessoa muito tranquila. Toda segunda ele ia lá em casa para lavar o carro dele. A última vez que o vi foi na terça, quando foi deixar uns documentos lá”, contou o jovem.

Ele acredita que, pelo fato de ser hemofílico, o rapaz sangrou muito e pode ter agonizado muito até morrer. Este é o segundo caso de morte de motorista de aplicativo em 2020 no Distrito Federal. No dia 18 de janeiro, o corpo de Aldenys da Silva, também de 29 anos, foi localizado às margens da BR-070, na entrada de Brazlândia. Ele estava desaparecido desde 3 de janeiro.

Por, Metrópoles

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