Criança que viu mãe ser morta pelo pai tem flor para lembrar dela; acusado vai a júri nesta sexta

Com essa frase, Mauri Júnior descreve o sofrimento de uma criança de três anos, que viu a mãe, Daniela Eduardo Alves, ser assassinada pelo pai, Emerson Bezerra da Silva, em janeiro de 2019. Mauri é pai de Daniela e avô da pequena de três anos. Ele diz que está na expectativa de ver justiça ser feita às vésperas de Emerson ser julgado, nesta sexta-feira (23), pelo Tribunal do Júri de Fazenda Rio Grande, na região metropolitana de Curitiba.
Mauri contou que os últimos doze meses têm sido de muito sofrimento e que a filha de Daniela encontrou na flor uma forma de manter viva a memória da mãe. “Hoje ela olha para a flor e fala para a gente que aquela é a mamãe dela. Para a gente, é uma maneira de dizer que está bem e que se sente protegida”, comenta.
Daniela foi assassinada em 14 de janeiro de 2019, em Fazenda Rio Grande. Emerson foi preso logo em seguida, no bairro Sítio Cercado, em Curitiba.
O caso ficou famoso pelas mais de 10 ligações de pedido de ajuda feitas à Polícia Militar. “É triste pensar nisso. Foram várias pessoas pedindo ajuda e se a polícia tivesse chegado a tempo, a Daniela talvez estivesse entre nós. Então o sentimento é de revolta, já que pagamos nossos impostos, mas quando ela precisou de ajuda, não foi atendida”, lamenta o pai de Daniela.
Réu confesso pelo crime, Emerson segue preso e foi denunciado por feminicídio, com motivo torpe e meio cruel. Se condenado pode pegar até 30 anos de prisão.
Vígila
Crente a Deus, a família de Daniela realiza nesta quinta-feira (23) uma vígila, com orações que pedem a condenação de Emerson. Segundo Mauri, é uma forma de homenagear Daniela.
(Banda B)
