O câncer de pele é responsável por 30% de todos os tumores malignos do Brasil e acomete, em média, mais de 165 mil brasileiros todos os ano, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca); grande parte das pessoas diagnosticadas são homens.
Existem três tipos de câncer de pele: o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma, este último é o mais conhecido - e também o mais perigoso - que representa 3% dos casos de tumores malignos, pois possui um alto nível de mortalidade e provoca metástase. Nas mulheres, é mais frequente nos membros inferiores. Já nos homens, a predominância é na região do tronco.
No Brasil, o câncer já é a segunda causa de morte por doenças, atrás apenas das enfermidades do aparelho circulatório. Porém, se a doença for diagnosticada em estágios iniciais tem 100% de cura, de acordo com dados do Hospital do Câncer de Barretos.
Medicina nuclear possibilita chances de cura
Para o tratamento, existem métodos utilizados em Medicina Nuclear que detecta lesões do melanoma antes das alterações anatômicas e permitem tratamento mais eficaz da doença. “Poucos sabem, mas a medicina nuclear já é aplicada no Brasil e possui diversos exames”, explica o médico nuclear e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, Dr. George Barberio Coura Filho – médico responsável da Dimen SP (www.dimen.com.br).
Atualmente, a Medicina Nuclear conta com dois exames que identificam as metástases provocadas pelo melanoma antes das alterações anatômicas, ou seja, antes que elas estejam visíveis. É a Linfocintilografia para pesquisa de linfonodo sentinela com SPECT/CT e o PET/CT para Melanoma.
Linfocintilografia para pesquisa de linfonodo sentinela com SPECT/CT
A Linfocintilografia é realizada com a injeção de um radiofármaco, para extrair o linfonodo sentinela, que, se estiver acometido pelas células cancerígenas, indica que existem outros gânglios potencialmente comprometidos (micrometástase) e determina a retirada de todos os linfonodos presentes no local por meio de cirurgia. As imagens tomográficas do linfonodo sentinela são captadas pelo equipamento SPECT/CT (Cintilografia Tridimensional e Tomografia Computadorizada), tecnologia de diagnóstico por imagem mais rápida, precisa e com menos radiação.
PET/CT para Melanoma
Neste exame, injeta-se um análogo da glicose na veia do paciente, que se concentra nas lesões tumorais, localizando os focos de metástases. Uma análise do corpo inteiro é realizada com alta precisão graças ao equipamento PET/CT (Tomografia por Emissão de Pósitrons e Tomografia Computadorizada), tecnologia de diagnóstico por imagem mais sensível, que permite determinar o tratamento mais adequado. “O PET scan permite conhecer a localização exata do câncer e determinar sua extensão, o que possibilita escolher o tratamento correto para o tipo de lesão”, explica George.
Ainda de acordo com o especialista, vale lembrar que a pele é o maior órgão do corpo humano e por isso é preciso ficar ainda mais atento. Qualquer lesão, com cor e formato aparentes, que possa desenvolver coceira ou dor pode ser motivo para procurar um dermatologista. Além disso, é importante evitar o auto-medicamento e consultar um profissional para curtir seu verão com mais tranquilidade.
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