O pedido de soltura da defesa de Edison Brittes Junior, réu confesso pela morte do jogador Daniel Corrêa Freitas, teve parecer contrário por parte do Ministério Público do Paraná (MPPR). O pedido foi protocolado no Processo Eletrônico do Judiciário do Paraná na última segunda (2). O parecer contrário do MPPR é assinado pelo promotor de Justiça Marco Aurélio Oliveira São Leão. Segundo ele, a custódia preventiva é necessária para evitar que o réu influencie ou ameace o depoimento de testemunhas em futura prova oral no Tribunal do Júri. A decisão da juíza Luciani Regina Martins de Paula, da 1ª Vara Criminal de São José dos Pinhais, sobre o pedido deve sair nos próximos dias.
Brittes é o único dos sete réus envolvido na morte do jogador que ainda está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE). A defesa pede a substituição da prisão preventiva pelas medidas cautelares alternativas à prisão, especialmente, a monitoração eletrônica. O pedido, assinado pelo advogado de defesa Claudio Dalledone, pede a reavaliação da prisão preventiva, com base na soltura dos demais acusados e na Lei de Abuso de Autoridade, de 5 de setembro de 2019, que estabelece um novo paradigma sobre a prisão preventiva, que só deve ser decretada quando evidenciado o efetivo dano processual. A defesa ainda propõe comparecimento mensal ao juízo, proibição de ir a bares e casas noturnas e de contato com vítimas e testemunhas do caso, além de recolhimento domiciliar à noute e nos dias de folgas. Segundo a assessoria de Dalledone, caso a juíza siga o parecer do Ministério Público, ele vai recorrer ao Tribunal de Justiça sobre a soltura de Brittes.
RELEMBRE O CASO
O jogador Daniel foi encontrado morto, em 27 de outubro do ano passado, na Colônia Mergulhão, área rural de São José dos Pinhais, com sinais de tortura e com o órgão sexual mutilado. O empresário Edison Brittes Júnior, que confessou ter matado o jogador, alega que o atleta tentou estuprar a esposa Cristina Brittes.O crime aconteceu depois da festa de 18 anos de Allana Brittes, filha de Edson e Cristiana, na casa da família. Segundo a investigação, Daniel tirou fotos ao lado da esposa do empresário, no quarto do casal, antes do crime. Tanto a Polícia Civil quanto o Ministério Público do Paraná afirmam que não houve tentativa de estupro. A acusação afirma que não encontrou elementos que sustentem a versão de que Cristiana tenha sido atacada pelo jogador.
(Com informações do Bem Paraná)
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