Com ajuda de glicerina, corante e essência, o jovem Pedro, de 8 anos, diagnosticado com Síndrome de Asperger, supera os desafios diários do autismo. O transtorno afeta a forma como as pessoas percebem o mundo e interagem com outras pessoas. Trata-se de um dos perfis ou espectro de autismo. Mas ele encontrou um verdadeiro refúgio na arte de fazer sabonetes, que rendeu até mesmo a abertura de uma loja própria na cidade em que o garoto mora, Rolândia (PR).
Os pais de Pedro, a auxiliar administrativa Danielle Cristina Salmaso, 43, e o bancário Irineu Carlos Pinto, 38, contam que o interesse por artesanato surgiu em uma viagem, quando o garoto comprou um kit de fazer sabonetes no Paraguai. “Ele começou a pesquisar sobre o assunto e começou a fazer sabonete, aromatizador de ambiente e álcool em gel. Tudo isso ele aprendeu nos vídeos de um youtuber”, conta a mãe.
Para a mãe, o artesanato ajuda Pedro a se distrair e a fazer algo que gosta. “Ele não gosta de jogar bola, nem de brincadeiras comuns de criança. “A maior dificuldade é saber lidar com ele. O Pedro fala normal e interage bem, mas perde a paciência fácil. Fazer sabonetes ajudou a ele ter mais calma e fazer algo que realmente gosta”, explica Danielle.
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O negócio de Pedro com sabonetes deu tão certo, que os pais de Pedro montaram praticamente uma pequena fábrica em casa e inauguraram recentemente uma loja para o garoto. “Acho legal divulgar porque algumas mães têm medo até de sair com os filhos autistas de casa. É preciso encorajá-los. Eles vão longe”, complementa a mãe.
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