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Estudantes desenvolvem abrigo inovador para moradores de rua

Sustentável, portátil, impermeável, com isolamento térmico e custo praticamente zero. Assim é o abrigo emergencial para moradores de rua projetado por estudantes do segundo ano do Curso Técnico em Edificações, na modalidade integrada ao Ensino Médio, do C

Da Redação

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O abrigo consiste numa espécie de barraca feita de embalagens Tetra Pak. (Foto: AEN)
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O abrigo consiste numa espécie de barraca feita de embalagens Tetra Pak. (Foto: AEN)
Escrito por Da Redação
Publicado em 21.11.2019, 07:29:00 Editado em 21.11.2019, 07:33:53
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Sustentável, portátil, impermeável, com isolamento térmico e custo praticamente zero. Assim é o abrigo emergencial para moradores de rua projetado por estudantes do segundo ano do Curso Técnico em Edificações, na modalidade integrada ao Ensino Médio, do Centro Estadual de Educação Profissional (Ceep) de Curitiba.

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A pesquisa foi desenvolvida esse ano pelos estudantes Allan Ernesti, Leonardo das Neves, Thiago Bronoski de Oliveira e Udson Ribeiro e orientada pelo professor Gesse Lima e pelo ex-aluno do Ceep Juliano Jonas.

O abrigo consiste numa espécie de barraca feita de embalagens Tetra Pak que, quando dobrada de maneira similar à utilizada na arte do origami, pode ser carregada debaixo do braço. Para montar uma barraca para uma pessoa, são necessárias cerca de 140 caixinhas e um ferro de passar roupa. Thiago explica que a ideia foi ressignificar os recipientes, que são difíceis de serem reciclados.

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“A caixinha é feita de [plástico] polietileno, papelão e alumínio. A gente corta as embalagens num tamanho padrão e, quando temos a quantidade necessária, sobrepomos uma na outra. Com o auxílio de um paninho e um ferro de passar roupas ligado, com muito cuidado, unimos as caixinhas, já que o calor do ferro derrete o plástico e faz as vezes de cola”, explica, garantindo que com a técnica não há o risco de deixar frestas no abrigo.

Pelo fato de as caixas Tetra Pak atuarem como isolante térmico, a temperatura no interior do abrigo varia entre 20 e 22°C, segundo os estudantes que conduziram o projeto. Ainda, os jovens calculam que a vida útil do abrigo, se utilizado todos os dias, seja de, aproximadamente, seis meses.

PREMIAÇÃO E APRIMORAMENTO – Os alunos já apresentaram o projeto em diversos eventos científicos. No mais recente deles, a Feira de Inovação das Ciências e Engenharias (FIciencias), realizada pelo Parque Tecnológico Itaipu (PTI), foram vencedores na Categoria Ciências Sociais Aplicadas e garantiram um passaporte para a edição de 2020 Expo Nacional MILSET Brasil, feira ligada ao Movimento Internacional para o Recreio Científico e Técnico e que será realizada em Fortaleza (CE) em maio do próximo ano.

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A primeira feira da qual participaram, entretanto, foi a mostra de trabalhos do próprio Ceep de Curitiba. Coordenadora do curso Técnico em Edificações da instituição, Patricia Ferreira Netto conta que esse evento do colégio é uma espécie de termômetro para feiras externas.

“Na nossa mostra sempre temos cerca de 120 trabalhos, com foco na originalidade e na sustentabilidade, pensados para serem expostos também fora da escola. A avaliação feita é similar à dessas feiras, de modo a permitir que os alunos cresçam cada vez mais”, diz.

CONSCIÊNCIA SOCIAL – Professor orientador do projeto, Gesse Lima é só orgulho ao falar dos alunos. Primeiro porque, segundo ele, é tocante observar pessoas tão jovens – o grupo é formado por meninos de 16 e 17 anos – com tamanha preocupação social, mas também porque projetos como esse mostram como é importante o investimento em ciência no país.

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“A gente precisa se apropriar dessas oportunidades de fazer ciência e criar conhecimentos. Eu pego um problema social, trago para a sala de aula e os alunos, tão jovens, conseguem resolver. Como experiência de aprendizagem, esse projeto do abrigo foi sensacional do início ao fim. Nosso objetivo nunca foi o de ganhar prêmios, mas sim de desenvolver todo esse processo”, afirma.

Agora, a fase é de aprimoramento do abrigo. Os alunos estão desenvolvendo uma esteira, também feita de caixinhas de leite, que fica acoplada à barraca, para que a pessoa que for utilizar o abrigo não fique em contato direto com o chão. Eles pretendem ministrar oficinas de montagem e distribuir os artefatos, além de firmar parcerias com organizações que tenham um propósito similar. Deixam claro, entretanto, que a função do abrigo é paliativa – o ideal seria que todo tivessem um lar.

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