A produção industrial do Paraná é a maior do Brasil neste ano. A taxa de crescimento foi de 6,7% até setembro, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (8). É o melhor resultado desde 2011. No País, o índice ficou negativo em 1,4%.
O desempenho paranaenses é quase cinco pontos percentuais maior em relação aos números alcançados pela indústria estadual entre janeiro e setembro de 2018, quando o setor cresceu 1,8%. O parque industrial paranaense também registrou variação positiva em outros indicadores: alta de 7,4% no comparativo entre os meses de setembro de 2019 e do ano passado; crescimento de 5,2% em doze meses e de 1,3% de agosto para setembro deste ano.
No ano, o Paraná liderou a produção nacional nos segmentos automotivo e de alimentos. No setor de veículos automotores, reboques e carrocerias a alta foi de 26,2%; máquinas e equipamentos, de 16,1%; fabricação de produtos de metal, de 12,5%; e produtos alimentícios, como carnes e miudezas de aves congeladas, rações, açúcar cristal e carnes de bovinos congeladas, de 7,8%.
Para o governador Carlos Massa Ratinho Junior, o Paraná já conta com uma indústria moderna e diversificada, mas o Estado trabalha para ampliar o número de empresas e empregos. “Neste ano, já são quase R$ 18 bilhões em novos empreendimento produtivos, que deverão gerar 14 mil empregos”, ressaltou.
Júlio Suzuki Júnior, pesquisador do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), também avalia que o bom momento do setor industrial do Estado, em contraponto ao quadro nacional, é um espelho da confiança do setor empresarial nas políticas de desenvolvimento do Estado. “Estamos mantendo a dinâmica de crescimento desde o início do ano, com um incremento que não é concentrado apenas em um setor industrial", acrescentou.
VARIAÇÃO TRIMESTRAL – O IBGE também divulgou o crescimento da variação trimestral em relação a 2018. O Paraná tem trajetória ascendente e cresceu 7,9% no 1º trimestre em comparação com os três primeiros meses do ano passado, 7,5% no 2º trimestre e 4,9% no trimestre encerrado em setembro. O comportamento nacional é inverso, com recuos de 1,2%, 0,8% e 2,1%, respectivamente.
VARIAÇÃO MENSAL - Na série com ajuste sazonal entre agosto e setembro de 2019, dez dos 15 locais pesquisados mostraram taxas positivas, acompanhando o crescimento (0,3%) da indústria nacional. O Paraná cresceu (1,3%), ao lado de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Ceará e região Nordeste.
UM ANO - Na comparação com setembro de 2018, a indústria nacional mostrou crescimento de 1,1% no mesmo mês de 2019, com seis dos 15 locais pesquisados apontando resultados positivos. Nesse comparativo, o Paraná alcançou alta de 7,4%. Os destaques do Estado foram veículos automotores (46,7%), produtos de metal (19,3%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (11,6%).
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Indicadores mostram aquecimento da economia do Paraná
O Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná cresceu 1,05% no segundo trimestre de 2019, em comparação com os três primeiros meses do ano, segundo o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). É a maior taxa de crescimento em dois anos e o dobro do resultado nacional, que teve alta de 0,44% no mesmo trimestre. O desempenho paranaense decorreu principalmente dos bons resultados no setor agropecuário e da indústria, o que estimula o otimismo com o aquecimento da economia.
O Paraná também criou 59.295 vagas formais de emprego entre janeiro e setembro de 2019, de acordo com levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Houve crescimento de 2,28% no número de vagas abertas no mercado paranaense em relação ao mesmo período de 2018. O Estado está entre os que mais geraram oportunidades de trabalho no País neste ano, junto com São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina.
O principal impulsionador do emprego no Estado no ano foi o setor de serviços, com saldo de 36.343 novos empregos, crescimento de 3,5% em relação ao mesmo período de 2018 – em setembro deste ano foram 4.341 contratações. A construção civil também indica sinais de plena retomada com crescimento de 8,21% no ano, o que representa 9.883 novas vagas.
O Índice de Atividade Econômica Regional do Banco Central, importante indicador econômico conjuntural, aponta que o Paraná evoluiu 2,4% no acumulado de janeiro a agosto de 2019, muito acima do percentual de -3,1% registrado em 2015, no pior ano da crise econômica, e de 2018 (1%).
EMPRESAS - Em oito meses, a Junta Comercial do Paraná (Jucepar) registrou a abertura de 129.728 novas. O número é 6% maior do que o mesmo período do ano passado (121.834), reforçando o índice de criação de postos de trabalho no Estado. Sociedades empresariais limitadas, empresas individuais e Eirelis (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada) puxaram a fila das inscrições. No ano, o saldo entre aberturas e fechamentos é positivo no Estado: 77.870 novos negócios.
Segundo o IBGE, no segundo trimestre de 2019, o número de pessoas ocupadas no Paraná totalizou 5,53 milhões, o que correspondeu a um acréscimo de 130 mil trabalhadores em relação ao segundo trimestre do ano passado. Esse resultado (130 mil), nessa base de comparação, é o melhor desde o terceiro trimestre de 2013.
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