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Engenheiros Agrônomos contribuem para o desenvolvimento do agronegócio no Paraná e no Brasil

A profissão de Agrônomo ou Engenheiro Agrônomo completa 86 anos neste sábado, 12 de outubro. Criada pelo Decreto nº 23.196, em 12 de outubro de 1933, a modalidade passou por transformações nessas décadas e contribuiu para solidificar o Brasil como protago

Da Redação

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Engenheiros Agrônomos contribuem para o desenvolvimento do agronegócio no Paraná e no Brasil
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Escrito por Da Redação
Publicado em 11.10.2019, 12:55:00 Editado em 11.10.2019, 12:58:44
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A profissão de Agrônomo ou Engenheiro Agrônomo completa 86 anos neste sábado, 12 de outubro. Criada pelo Decreto nº 23.196, em 12 de outubro de 1933, a modalidade passou por transformações nessas décadas e contribuiu para solidificar o Brasil como protagonista mundial no agronegócio. A Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, regulamentou o exercício da profissão. 

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Atualmente, segundo a Câmara Especializada de Agronomia (CEA) do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), há 12.904 Engenheiros Agrônomos registrados – 11.088 homens e 1.816 mulheres. São mais de 105 mil inscritos no Sistema Confea/Crea no país.

A profissão ganhou importância junto à sociedade, como observa o Engenheiro Agrônomo Almir Antonio Gnoatto, coordenador da CEA do Crea-PR. A presença do Engenheiro Agrônomo assessorando os produtores e empreendimentos rurais leva ao uso racional e eficiente dos recursos e melhora os resultados econômicos, sociais e ambientais. “Com o uso e acesso das tecnologias e das inovações adequadas a cada situação, tem-se gestão produtiva, comercial, financeira e da mão de obra. Para a
sociedade, a presença do profissional garante a oferta de alimentos seguros, com rastreabilidade, preservando o meio ambiente.”

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Gnoatto cita que os profissionais têm o papel de produzir alimentos saudáveis e de forma sustentável. “A CEA tem incentivado e fiscalizado os profissionais para o uso racional dos recursos, principalmente quando envolve controle químico, orientando a realização de diagnósticos para a prescrição do receituário agronômico.” 

A agricultura brasileira, seja na produção de grãos, fibras, cereais e criação de animais tem forte atuação dos Engenheiros Agrônomos. E novas oportunidades de atuação têm surgido, como cita Gnoatto. “Um exemplo está na chamada agricultura urbana e da economia criativa. Podendo produzir alimentos em pequenos lotes, terrenos baldios no meio urbano, utilizando fertilizantes oriundos da compostagem do lixo orgânico
produzido nas residências. O Engenheiro Agrônomo está em tudo, novos mercados estão surgindo.”

O coordenador da CEA também destaca que a sociedade pode e deve recorrer aos Engenheiros Agrônomos. “São profissionais habilitados para prestar assessoria na produção de alimentos; fitotecnia e zootecnia; melhoramento animal e vegetal; recursos naturais renováveis; ecologia, agrometeorologia; nutrição animal; E economia e crédito rural; e em muitas outras áreas”, completa Gnoatto.

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Para o inspetor do Crea Apucarana e coordenador regional de Projetos no Emater, o Engenheiro Agrônomo Romeu Suzuki, o profissional é principal alicerce nas transformações constantes na agricultura, que na década passada era baseada na exploração de café e algodão. “Atualmente somos um dos principais produtores de alimentos com segurança garantida, principalmente na produção de tomate, cenoura, pimentão, couve flor, repolho e beterraba e algumas frutas com baixo impacto esse alimento seguro passando pelas nossas mãos: um Engenheiro Agrônomo. Independente das transformações tecnológicas do século 21 o engenheiro Agrônomo será um pilar na produção de alimento”, afirmou.

Transformações 

Daniel Roberto Galafassi, Engenheiro Agrônomo que integra a Associação Regional dos Engenheiros Agrônomos de Cascavel (Areac), ressalta que a agricultura sofreu “uma transformação crucial” depois de regulamentada.
“Além de assistência técnica e da conservação de solos, temos muitas áreas de atuação do profissional - marketing, inteligência de mercado, gestão, avaliações, perícias e assessorias jurídicas, entre outras.”

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Na assessoria direta ao produtor rural, Galafassi cita levantamento de uma multinacional ligada ao agronegócio que mostrou que, em 2008, o Engenheiro Agrônomo dedicava 20% do tempo junto ao agricultor – 11 anos depois, o índice está em 40%. Daniel Galafassi lembra ainda o Censo Agropecuário de 2017, que apontou que, dos cinco milhões de estabelecimentos ligados ao setor agropecuário brasileiro, 85% não
tiveram acesso ao crédito. Vale lembrar que, para obter financiamentos, os produtores precisam contar com responsáveis técnicos. “Dos 305 mil estabelecimentos do Paraná, 74% não obtiveram financiamento, ou seja, não receberam orientação de profissionais habilitados. Há um campo enorme para atuação profissional e para crescimento da produção”, avalia. 

Evolução

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As novas tecnologias também exigirão mudanças no perfil dos Engenheiros Agrônomos. “O profissional do futuro tem que estar atento para as questões emergentes. Temos um mundo globalizado, novas fontes energéticas, maior consciência socioambiental. Será necessária uma visão multidisciplinar, uma expertise em alguns assuntos voltados para a
tecnologia”, contextualiza Daniel Galafassi.

A formação dos futuros profissionais está ocorrendo em praticamente todas as regiões do Paraná. Segundo dados do portal e-Mec, do Ministério da Educação, o Estado conta com cursos presenciais de Agronomia ou Engenharia Agronômica em 47 instituições de ensino, somando 61 campus e 6.237 vagas. No país, segundo o Mec, existem 456 cursos e 93.120 vagas.

Para saber mais

As atribuições dos Engenheiros Agrônomos estão previstas no artigo 5º da Resolução nº 218/1973 do Confea (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia). Na página do Crea-PR (www.crea-pr.org.br), é possível consultar os profissionais registrados no sistema.

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