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Paraná e OCDE planejam crescimento mais sustentável

O Governo do Paraná e a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), organização internacional que reúne 36 países, começaram a trabalhar em conjunto nesta segunda-feira (5) para acelerar a implementação dos 17 Objetivos de Desenvolvime

Da Redação

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Paraná e OCDE planejam crescimento mais sustentável
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Escrito por Da Redação
Publicado em 06.08.2019, 09:56:00 Editado em 06.08.2019, 09:58:21
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O Governo do Paraná e a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), organização internacional que reúne 36 países, começaram a trabalhar em conjunto nesta segunda-feira (5) para acelerar a implementação dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU) para a Agenda 2030. O Paraná é o único Estado brasileiro integrante do grupo de trabalho e apenas o segundo da América do Sul, atrás da Província de Córdoba, na Argentina.

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Essa primeira missão da OCDE vai permanecer três dias no Estado, na sede da Celepar, para entrevistar técnicos de diversas secretarias, autarquias e empresas públicas, além de representantes de três municípios integrantes do acordo de cooperação (Curitiba, Araucária e Ubiratã), empresários, entidades de classe e movimentos da sociedade civil.

O ciclo de entrevistas é parte do programa Abordagem Territorial: Engajando Cidades e Regiões Para Assegurar Que Ninguém Fique Para Trás. Serão diversos encontros, debates e, ao final, em 2020, a comitiva da OCDE vai apresentar um relatório que permitirá que o Paraná identifique as áreas mais vulneráveis, nos setores público e privado.

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O vice-governador Darci Piana disse que o Governo estrutura todo o seu planejamento em função dos ODS. Ele prevê que os municípios terão crescimentos mais homogêneos e integrados à agenda de desenvolvimento sustentável. “Nossa preocupação na área social é extraordinariamente grande. Temos que enfrentar essa realidade. Não adianta buscar indústrias e recursos para investir no Paraná se não pensarmos nas pessoas que vivem no Estado. Quando falamos de gestão moderna, digital, com velocidade, falamos de ações em função das pessoas”, afirmou.

O coordenador do programa Abordagem Territorial, Stefano Marta, destacou que a OCDE identificou que o êxito de implementação dos ODS depende dos governos locais. “Precisamos de um sistema coeso para atingir todo o setor público, o setor privado e a sociedade. Vamos analisar os progressos já realizados no Paraná e fazer recomendações que possam impactar definitivamente a vida das pessoas. Começamos hoje esse processo”, destacou.

Fazem parte do programa a região sul da Dinamarca; a cidade de Kitakyushu, no Japão; a região de Flandres, na Bélgica; a cidade de Bonn, na Alemanha; o município de Kópavogur, na Islândia; o condado de Viken, na Noruega; a província de Córdoba, na Argentina; e Moscou, na Rússia. Os objetivos são mensurar os indicadores socioeconômicos, o nível de integração das políticas públicas e aconselhamento para atingir as metas da Agenda 2030.

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Segundo Silvina Rivero, secretária-geral da Província de Córdoba, o ingresso do Paraná no programa facilita a troca de informações em nível regional. “Os resultados aplicados aqui serão responsáveis por inspirar todo o continente. Vamos potencializar a margem de atendimento às pessoas, integrar a nossa região na Agenda 2030. Não tem uma única maneira, são muitas as realidades regionais, mas nós seremos os modelos”, afirmou.

PARANÁ INOVADOR - Os 193 países integrantes da ONU assinaram em 2015 uma carta com o compromisso de cumprir a agenda de desenvolvimento até 2030. O Paraná começou a encurtar o caminho em 2016, quando a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano implementou os objetivos dentro das suas linhas de investimentos, o que originou um pacto responsável que já conta com 248 municípios. Essa integração acelerada foi fundamental para chamar a atenção da OCDE.

Segundo a vice-presidente do Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico e Social (Cedes), Keli Guimarães, que acompanhou o processo de integração desde o início, o Paraná se destaca pela atuação integrada com diversos outros órgãos, do Legislativo ao Poder Judiciário, do Tribunal de Contas às empresas públicas como Sanepar e Copel, além de um sistema de fomento aos objetivos no setor industrial.

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“O Brasil não faz parte da OCDE, mas o Paraná conseguiu firmar esse termo de cooperação e desde 2016 vem trabalhando com cuidado para a implementação da Agenda 2030. Quem vai colher os frutos é quem realmente precisa, o cidadão da ponta. A OCDE fará os apontamentos para o Estado e os três municípios parceiros e depois queremos replicar nos 399 municípios, levando em consideração que temos muitos Paranás dentro de um único Paraná”, afirmou.

Phelipe Mansur, superintendente da governança da Casa Civil, explicou que o convite oficial foi formalizado em julho na sede da ONU, em Nova York (EUA). “A aproximação começou quando o governador Carlos Massa Ratinho Junior era secretário, trazendo os temas da ODS para o Estado. Isso chamou a atenção da comunidade internacional. Temos como meta não deixar ninguém para trás, vamos chegar nas pessoas e estabelecer políticas públicas que realmente beneficiem a vida delas”, acrescentou.

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Felipe Braga, articulador de parcerias do Cedes, afirmou que o intuito do slogan do programa é better politics for better life (melhores políticas para vidas melhores) e que o Paraná conseguirá avançar nos próximos anos para honrar os compromissos assumidos. “Estamos fazendo o levantamento dos indicadores e a Celepar está formatando um instrumento interativo para mostrar para os prefeitos o estado da arte de cada município, dessa maneira vamos direcionar os esforços de maneira mais estratégica para as diversas áreas do poder público”, afirmou.

INSPIRAÇÃO – O senador Flávio Arns disse que o exemplo do Paraná pode inspirar uma discussão sobre os ODS em nível nacional, além de facilitar a aproximação do Brasil com a OCDE, uma vez que o Governo Federal ainda pleiteia o ingresso no clube dos 36 países mais desenvolvidos do mundo. “Tenho a absoluta convicção de que o Paraná pode ser referência para o Brasil. Outros Estados já olham para essas iniciativas importantes. Isso vai servir de inspiração. Vamos levar esse debate para o Congresso Nacional”, disse.

Segundo o senador, as ações são importantes para atingir o que ele chamou de cinco Ps: planeta (cuidado com água, saneamento, separação de lixo); prosperidade (desenvolvimento responsável das indústrias, comércio e agronegócio); pessoa (cuidado com educação, saúde, moradia e vida digna); parceria (o encontro dos três Ps anteriores só é possível com sinergia entre municípios, estados, setor privado e sociedade); e paz (o resultado planejado).

PRESENÇAS – Estiveram presentes na abertura dos trabalhos os secretários de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas, João Carlos Ortega, da Segurança Pública, Rômulo Marinho; o presidente do Tribunal de Justiça do Paraná, Adalberto Xisto Pereira; os deputados estaduais Hussein Bakri (líder do Governo), Emerson Bacil e Goura; o presidente da Sanepar, Claudio Stabile; o presidente da Celepar, Allan Costa; o superintendente de Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona; o diretor de Governança, Risco e Compliance da Copel, Vicente Loiacono Neto; o comandante-geral da Polícia Militar do Paraná, coronel Péricles de Matos; e Paulo Pitanga do Amparo, representando o ministro do Desenvolvimento Regional.

Conheça os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)

Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável englobam 169 metas que demonstram a escala e a ambição da Agenda 2030, assinada por 193 países. Eles buscam efetivar as conquistas dos direitos humanos, alcançar a igualdade de gênero e foram moldados para serem integrados e indivisíveis, a partir de três dimensões do desenvolvimento sustentável: a econômica, a social e a ambiental.

São objetivos acabar com a pobreza em todas as suas formas; acabar com a fome; assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar; assegurar educação inclusiva e equitativa; alcançar a igualdade de gênero e empoderar as mulheres; assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento; assegurar o acesso confiável, sustentável e a preço acessível à energia; promover o crescimento econômico inclusivo e sustentável, com emprego pleno; construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação; reduzir a desigualdade; tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos; assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis; tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima; conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos; proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres; proporcionar o acesso à justiça e construir instituições eficazes; e fortalecer os meios de implementação de parcerias globais.

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