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Desembargador propõe que esposa e filho atuem como funcionários 'fantasmas'

Em interceptações telefônicas realizadas pela Polícia Federal (PF), o desembargador Alexandre Victor de Carvalho, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, propõe que o filho e a mulher dele atuem como funcionários públicos 'fantasmas', ou seja, sem cumprir

Da Redação

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Desembargador propõe que esposa e filho atuem como funcionários 'fantasmas'
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Escrito por Da Redação
Publicado em 03.05.2019, 09:21:00 Editado em 03.05.2019, 09:46:38
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Em interceptações telefônicas realizadas pela Polícia Federal (PF), o desembargador Alexandre Victor de Carvalho, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, propõe que o filho e a mulher dele atuem como funcionários públicos 'fantasmas', ou seja, sem cumprir as cargas horárias exigidas para os cargos.

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De acordo com pessoas que tiveram acesso ao processo, que tramita em segredo de Justiça, o desembargador trata, em áudio, da nomeação do filho, Guilherme Souza Victor de Carvalho, para um cargo comissionado na Câmara Municipal de Belo Horizonte. Ele substituiria a mulher, Andreza Campos Victor de Carvalho, que ocupava esse mesmo posto e estava de partida para uma vaga na Assembleia Legislativa de MG. Ambos são advogados.

O objetivo do desembargador, segundo a PF, era aumentar os rendimentos familiares. Em contrapartida, ele teria aberto espaço para que políticos lhe pedissem favores na corte. Na Câmara, a negociação foi feita com o então procurador-geral, Augusto Mário Menezes Paulino.

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Ao filho, o juiz foi gravado dizendo que ele não percisava cumprir toda a carga horária. "[É] pra você ficar umas duas três horas por dia, o horário que você puder”.

O filho do desembargador foi nomeado em dezembro de 2015, com salário de R$ 9.300, e exerceu cargo de coordenador de Intermediação Operacional, substituindo Andreza. A carga horária prevista para essa função era de oito horas por dia, de segunda a sexta. Ele era dispensado de bater ponto.

Andreza, por sua vez, passou a receber salário líquido de R$ 8.000 na Assembleia.

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A transcrição dos áudios consta em investigação iniciada em 2015. O foco do trabalho da PF são supostos esquemas de corrupção envolvendo juízes. Segundo a PF, o desembargador negociou com políticos e outros agentes do estado empregos para os familiares. Os diálogos são de setembro a dezembro daquele ano.

Em nota, o tribunal afirmou que o desembargador nega qualquer acusação.

Com informações da Folhapress.

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