No último dia 20 de abril, sábado, fez 11 anos que o Padre Adelir Antônio de Carli levantou voo com cerca de mil balões de festa cheios de gás hélio. O padre saiu de Paranaguá (PR) com destino a Dourados (MS), mas acabou sendo desviado do trajeto pelo vento e caiu no mar. A data foi lembrada nas redes sociais.
A coordenadora da Pastoral Rodoviária de Paranaguá à época, Denise Gallas, afirmou que padre Adelir queria quebrar o recorde de um americano que voou 19 horas com balões. A ideia do padre era divulgar e levantar fundos para as atividades da Pastoral Rodoviária, que presta apoio espiritual a caminhoneiros.
Ele pretendia voar por 20 horas, até chegar à cidade de Dourados, no Mato Grosso do Sul. Porém, o mau tempo fez com que ele fosse desviado para a direção contrária, indo para o mar. Foi relatado também que ele enfrentou dificuldades para utilizar o GPS que levava consigo.
Desaparecimento e morte
Padre Adelir desapareceu em abril de 2008. Segundo a Polícia Civil, ele caiu no mar e morreu por hipotermia. O corpo do sacerdote foi levado pela corrente marítima de Santa Catarina até o litoral do Rio de Janeiro.
Três meses depois do desaparecimento, parte de seu corpo foi localizada a 100 km da costa de Macaé (RJ). O padre não tinha habilitação para voar. Depois de 105 dias do início do voo, ele foi sepultado em Ampére, sudoeste do Paraná, cidade onde morava a família.
Trajetória
O padre Adelir de Carli foi ordenado em agosto de 2003, assumindo a Paróquia de São Cristóvão, em Paranaguá, no ano seguinte. Assim que chegou à paróquia, criou a Pastoral Rodoviária para evangelizar e prestar apoio aos caminhoneiros que passavam pela BR-277, em Paranaguá. Por conta do porto, um dos maiores do país, o município recebe diariamente uma frota de milhares de caminhões.
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