Ao terminar de ler esse texto ao menos cinco mulheres terão sido espancadas no Brasil. E se você pudesse ajudar a evitar? Para provocar a conscientização coletiva, a união entre as mulheres e a libertação dos relacionamentos abusivos, a ONG AzMina lança o PenhaS, um aplicativo de empoderamento da mulher que reúne, em uma mesma plataforma, o compartilhamento de informações, o diálogo em ambiente seguro e a participação da sociedade por meio da criação de um grupo de proteção.
“Há muito o que se fazer para acabar com o abuso contra as mulheres, em diversos âmbitos, e o PenhaS é uma das iniciativas para colaborar com a causa do enfrentamento da violência. Essa conexão é transformadora e o empoderamento que entendemos ser necessário é o de ajudar a promover a libertação das mulheres que estão subordinadas a uma situação de dependência, de violência e de opressão. Acreditamos que a pessoa ou grupo empoderado é o sujeito da própria mudança”, afirma a jornalista Marília Taufic, coordenadora voluntária do projeto da AzMina.
Como funciona o aplicativo?
O PenhaS, nome em referência à Lei Maria da Penha, em vigor desde 2006, é formado por três áreas. Uma deles é o EmpoderaPenha, espaço de conhecimento. Além de informações básicas sobre direitos das mulheres, o Empodera apresenta o mapa das delegacias da mulher de todo o Brasil (produzido em reportagem especial da Revista AzMina) e dos diferentes serviços de atendimento à mulher em situação de violência (compartilhado pela plataforma Mapa do Acolhimento), possibilitando traçar a rota até o local; e traz um feed de notícias sobre violência contra a mulher, com a colaboração de importantes agências de comunicação, como o Huffpost, JOTA, Agência Patrícia Galvão e Gênero de Número.
O DefendePenha é o chat secreto. Conversar é uma das formas mais poderosas de ajudar uma mulher a sair de uma situação de violência e, neste espaço, ela pode se conectar com outras mulheres, trocar informações sobre sua história e reunir forças para buscar saídas. Aqui as mulheres em perigo permanecem anônimas.
E o GritaPenha, que é o ambiente para o pedido de ajuda urgente. As mulheres cadastram o número de até cinco pessoas de sua confiança, que serão acionadas por SMS quando for necessário. No momento exato da violência, também será possível ativar uma gravação de áudio que captará o som ambiente, criando a oportunidade de a vítima produzir provas e evitar o descrédito tão comum quando ela vai denunciar.
“O combate à violência contra mulher não é somente caso de polícia, mas dever de todos. Informação e formação de redes de proteção podem ajudar mulheres a saírem de relacionamentos abusivos e incentivá-las a procurar ajuda" explica Carolina Oms, co-fundadora d'AzMina.
Todos os cadastros são realizados com checagem de CPF e verificação de número de celular para que não exista possibilidade da criação de perfis falsos e abusivos. Mulheres que estão sofrendo violência usam o aplicativo de maneira anônima. E a entrada é por meio de senhas com sistema de criptografia. O app também possui dispositivo de segurança para evitar que um abusador acesse o conteúdo.
Baixe o app: www.azmina.com.br/penhas
Sobre AzMina - AzMina é uma instituição sem fins lucrativos cujo objetivo é usar a informação para combater os diversos tipos de violência que atingem mulheres brasileiras. Realiza campanhas, consultorias, palestras e debates para aprofundar a discussão sobre os direitos da mulher. A Revista AzMina é uma publicação online e gratuita. https://azmina.com.br/sobre/quem-somos/
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