Dois ex-prefeitos de Quedas do Iguaçu, no sudoeste do Paraná, foram criticados na placa de reinauguração do Parque Aquático Municipal. O atrativo foi reaberto ao público no domingo (16).
Na descrição encomendada pelo ex-prefeito e atual secretário de planejamento, Vitório Revers, os ex-prefeitos Gelmar Chmiel e Edson Prado são apontados como os responsáveis pelo abandono e pela destruição do local, respectivamente.
Na mesma placa, Revers aparece como o idealizador e construtor do parque, e a atual prefeitura e esposa dele, Marlene Fátima Revers (Pros), como a responsável pela reconstrução.
“Aquilo foi um crime. As pessoas precisam saber o que foi feito com o patrimônio público. Fiz isso para que nenhum outro prefeito volte a fazer o que foi feito. Vou defender a placa como meu sangue, se for preciso”, comentou o secretário.
De acordo com ele, os prefeitos que o sucederam deixaram que o lugar fosse sendo destruído até não ter mais condições de ser usado pela população.
“Levaram tudo, até a fiação elétrica e postes de metal. Arrancaram portas, janelas. Nos banheiros, deixaram só as paredes. É triste ver um espaço como aquele, com mais de 300 mesas e churrasqueiras e que recebia de 3 a 4 mil pessoas por fim de semana, abandonado”, apontou.
O parque com praia artificial no lago da Usina de Salto Osório foi inaugurado em 1994. A revitalização para a reinauguração, segundo Revers, custou cerca de R$ 450 mil.
Em junho de 2013, o espaço foi interditado pela Marinha do Brasil depois de fortes chuvas e da elevação do nível do reservatório.
Atualmente a área cedida em comodato para a prefeitura é de responsabilidade da empresa que opera a hidrelétrica.
Outro lado
O ex-prefeito de Quedas do Iguaçu entre 2005 e 2008, Gelmar Chmiel, disse que acredita que Revers tenha tomado esta atitude por alguma desavença política.
“Fui vice-prefeito dele entre 2000 e 2004. Logo depois que assumi a prefeitura, levei para praça pública todo o maquinário da prefeitura que estava sem condições de uso. Isso deve ter causado alguma mágoa nele, que agora está revidando”, apontou.
Ele adiantou que deve recorrer à Justiça para que a placa seja retirada do local e negou que tenha abandonado o espaço.
“Revitalizamos o parque aquático, com mais areia e a reforma dos banheiros e ampliação do estacionamento e da iluminação. Atividades como concursos de pesca e bailes dos idosos eram frequentes”, completou.
O ex-prefeito Edson Prado disse que por enquanto prefere não se manifestar sobre o caso e que deve procurar os direitos judicialmente.
Fonte: G1/PR
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