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Atrito com vizinhos, infância alegre e vivência católica: o que se sabe do atirador da Catedral

Uma tia do atirador da Catedral Metropolitana de Campinas (SP) contou nesta quarta-feira (12) que o sobrinho frequentou a igreja católica por um período e foi "uma criança alegre". Além disso, uma moradora do condomínio onde ele residia, em Valinhos (SP),

Da Redação

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Alda é tia do atirador que matou cinco pessoas, em Campinas — Foto: Fernando Evans / G1
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Alda é tia do atirador que matou cinco pessoas, em Campinas — Foto: Fernando Evans / G1
Escrito por Da Redação
Publicado em 13.12.2018, 15:22:00 Editado em 13.12.2018, 15:29:29
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Uma tia do atirador da Catedral Metropolitana de Campinas (SP) contou nesta quarta-feira (12) que o sobrinho frequentou a igreja católica por um período e foi "uma criança alegre". Além disso, uma moradora do condomínio onde ele residia, em Valinhos (SP), relatou atritos frequentes e uma relação de medo com o homem que matou cinco pessoas e deixou outras três feridas.

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Euler Fernando Grandolpho, de 49 anos, entrou na igreja por volta das 13h de terça-feira (11) e, logo após uma missa, abriu fogo, atingiu oito pessoas e cometeu suicídio. Ele foi enterrado no Cemitério Flamboyant, que ficou isolado a pedido da família durante a despedida.

Qual a relação do atirador com a igreja?

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Alda Grandolpho, de 82 anos, afirmou que a família é católica, e que o atirador foi frequentador da igreja por um período, mas se afastou ao longo do tempo. Ela é irmã do pai do autor do crime.

"É um verdadeiro choque. Um negócio desse, na Catedral, a gente é de uma família religiosa, sempre foi religiosa, e de repente acontece um negócio desse. Vai saber o que se passou na cabecinha dele", lamentou.

Qual o histórico familiar?

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O atirador vivia com o pai em um condomínio de Valinhos (SP). Ele perdeu a mãe, há oito anos, e o irmão, vítima de leucemia, em abril de 2017. A tia afirmou que Euler foi uma criança "boa", "alegre com todo mundo", e que não desconfiava do comportamento dele.

"Sempre foi uma pessoa normal. Parece-me que ele falou para uma pessoa [depois ela cita a cunhada do atirador] que a mãe já tinha falecido, o irmão também, e ele não teria mais motivo para viver. Não sei se isso tem a ver", afirmou a idosa.

Qual a formação e onde trabalhava?

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Em um perfil da rede social consta que Euler fez parte da primeira turma de publicidade e propaganda da Unip, em Campinas, e também estudou no Colégio Técnico da Unicamp (Cotuca).

Aprovado em concurso público, o atirador foi assistente de promotoria no Ministério Público de São Paulo onde, segundo o órgão, exonerou-se em julho de 2014.

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De acordo com a Polícia Civil, ele também era analista de sistemas, mas não trabalhava desde 2015.

Ele conhecia as vítimas?

Segundo a polícia, "aparentemente" não havia relações entre o atirador e as pessoas mortas.

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Como era a vida social dele?

De acordo com o delegado José Henrique Ventura, a família informou que o atirador era bastante recluso, costumava ficar isolado no quarto, saía muito pouco de casa . "Tinha um perfil muito estranho, era muito fechado", afirmou.

Como era a relação com vizinhos?

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Uma moradora do condomínio onde o atirador residia com o pai contou sobre atritos frequentes e uma relação de medo com Euler. Segundo ela, o homem foi alvo de reclamações após jogar ovos na casa de vizinhos e por direcionar câmeras de monitoramento para uma das casas.

"Eu tinha medo dele, muito medo dele. [...] Ele já andou no meu quintal, já fez tanta coisa na minha casa. Então, ele podia ter matado eu, minha filha, meu marido, meu filho. A gente fica muito triste, muito sensibilizado, porque ele levou pessoas inocentes que estavam na casa de Deus".

Segundo a Polícia Civil, foi constatado no celular do atirador que ele costumava fazer ligações à Polícia Militar para reclamar de vizinhos do condomínio. Os motivos não foram confirmados.

Fez tratamento psicológico?

Segundo a polícia, o atirador fez tratamento contra depressão e a família temia que ele cometesse suicídio. De acordo com Ventura, os investigadores descobriram que o atirador fazia um "diário" onde anotava placas de carros e outras informações sobre supostas perseguições a ele.

"Ele tinha um perfil de se sentir perseguido. Chegou a registrar boletins de ocorrência e segundo consta, até em função desse perfil, que poderia vir de uma depressão, ele fez uma consulta no CAPS que é um centro de apoio psicossocial para tratar disso", afirmou o delegado.

Fonte- G1.globo.com 

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