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Jair Bolsonaro é diplomado para assumir a Presidência do Brasil; veja vídeo

Nesta segunda-feira (10) tanto o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), quanto seu vice, o general Hamilton Mourão (PRTB), são diplomados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília. A Sputnik Brasil ouviu dois especialistas sobre o que esperar

Da Redação

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Foto: Reprodução - DANIEL FERREIRA/METRÓPOLES
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Escrito por Da Redação
Publicado em 10.12.2018, 16:54:00 Editado em 10.12.2018, 17:00:32
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Nesta segunda-feira (10) tanto o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), quanto seu vice, o general Hamilton Mourão (PRTB), são diplomados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília. A Sputnik Brasil ouviu dois especialistas sobre o que esperar do futuro governo que esperam desde melhoras na economia até riscos à democracia.

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A cerimônia de diplomação indica o reconhecimento oficial dos resultados das eleições é realizada em cerimônia solene no Plenário da Corte. Através da cerimônia, aponta-se para a população que todas as etapas formais foram cumpridas pelo presidente eleito. O diploma foi assinado às 16h pela presidente do TSE, Rosa Weber.

Conforme o protocolo da cerimônia, Bolsonaro e Mourão sentaram-se ao lado esquerdo de Rosa Weber na mesa oficial da solenidade. A Banda dos Fuzileiros Navais executou o Hino Nacional antes da entrega dos diplomas. O presidente eleito faz um discurso após a diplomação, assim como a presidente do TSE.

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A cerimônia de diplomação aconteceu pela primeira vez em 1951 com o retorno de Getúlio Vargas à Presidência através do voto popular. A diplomação foi interrompida durante a Ditadura Militar e retornou em 1989, quando Fernando Collor de Mello foi eleito.

Bolsonaro deve permanecer em Brasília até a quinta-feira (13) e se reunirá com as bancadas dos partidos PSD, DEM, PSL, PP e PSB. Além disso, ele deve se encontrar com os governadores eleitos Carlos Moisés da Silva (PSL), de Santa Catarina e também Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul.

Análises e previsões difíceis
Sônia Fleury, cientista política e pesquisadora sênior do Centro de Estudos Estratégicos da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, entende que a forma como se desdobrou a campanha de Bolsonaro dificulta análises e previsões.

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"Não é muito fácil fazer previsões e cenários em relação a um governo cujo programa não foi discutido com a sociedade e que tem voltado atrás inúmeras vezes no que fala", observa a pesquisadora.

No entanto, ela traça dois cenários, baseados no apoio ou não do Congresso Nacional às reformas propostas pelo governo. "A gente pode ver possíveis dois cenários. Um cenário no qual houvesse aceitação dentro do Congresso para aprovação das reformas, em que eles conseguissem rapidamente fazer essas reformas. Não parece tão fácil assim, porque essa estratégia que ele adotou de bancadas temáticas não garante votos", explica a pesquisadora, que ainda acrescenta que "esse cenário seria o cenário em que passando as reformas o radicalismo poderia diminuir e distensionar um pouco".

Para ela, o maior risco está no segundo cenário, caso o apoio não venha e o governo tente mobilizar a sociedade para conseguir apoio.

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"Um outro cenário seria o de não ter tanta facilidade e aí voltar esse clima de campanha como uma forma de mobilizar a sociedade que o apoia contra as instituições. E isso aí seria um grande desastre, porque a democracia que estaria correndo risco", ressalta Fleury. Ela ainda acrescenta que o clima político poderia caminhar para uma situação "autoritária" e "plebiscitária" no Brasil.

Sônia Fleury afirma que espera, pessoalmente, que mesmo com dificuldades no Congresso essa situação descrita no segundo cenário não ocorra. Ela, porém, aponta que isso dependerá da "maturidade" do governo.

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"Não é tão fácil a gente acreditar nisso pelas pessoas que foram escolhidas né, que são pessoas que fizeram declarações muito contundentes em relação, por exemplo, ao Movimento dos Sem Terra [MST]", aponta a professora, que vê nas declarações de alguns futuros ministros um tom ideológico. "Não se pode esperar muito desse tipo de profissionais", acrescenta.

"As coisas vão ficar bem mais tranquilas"
Já Augusto Cattoni, professor de Ciências Políticas e Pesquisador do Instituto Atlântico, acredita que a polarização que tomou conta do mundo político durante as eleições deve se diluir.

"As coisas vão ficar bem mais tranquilas do que elas estavam durante a campanha", refletiu o pesquisador durante entrevista à Sputnik Brasil. Ele acredita que a eleição de Bolsonaro foi um recado para a oposição que os fará "mais tranquilos também".

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No entanto, Cattoni também observa que essa diluição depende das ações de Bolsonaro, ou seja, que ele venha a cumprir suas promessas:

"Vai depender muito de como o governo Bolsonaro vai se comportar também. Se ele se comportar fazendo o que ele falou que ia fazer durante a campanha, que será uma grande mudança nos hábitos políticos brasileiros, eu acho que não vai ter problemas".

O professor acredita que um fator fundamental dessa mudança será o aspecto econômico. Para ele, a economia brasileira irá se aquecer durante o governo, trazendo consigo mais empregos.

"Sobretudo porque as reformas econômicas que serão efetuadas com Bolsonaro elas podem dar resultado. Acho que há um clima de grande expectativa na classe empresarial agora, que está só esperando a posse do governo para que deslanche a economia".

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Fonte: Sputnik

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