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Eleitores da região se dividem entre Bolsonaro e Haddad

Nas vésperas das eleições de 2018, uma enorme polarização que há tempos não era vista no cenário político brasileiro é confirmada com a preferência de dois candidatos à presidência da república, dentre 13 nomes, - o maior número desde 1989. Jair Messias B

Da Redação

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Fernando Haddad (PT) e Jair Messias Bolsonaro (PSL).
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Fernando Haddad (PT) e Jair Messias Bolsonaro (PSL).
Escrito por Da Redação
Publicado em 06.10.2018, 12:29:00 Editado em 07.10.2018, 12:48:33
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Nas vésperas das eleições de 2018, uma enorme polarização que há tempos não era vista no cenário político brasileiro é confirmada com a preferência de dois candidatos à presidência da república, dentre 13 nomes, - o maior número desde 1989. Jair Messias Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) concentram 64% das intenções de voto segundo a última pesquisa eleitoral, realizada pelo Data Folha e divulgada na sexta-feira (04). Bolsonaro continua na liderança com 39% seguido de Haddad com 25%.

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A divisão clara entre os dois candidatos que possivelmente devem se enfrentar em um segundo turno também é observada na região. Eleitores de Apucarana e Arapongas manifestam-se, em sua maioria, favoráveis a eleição do candidato do PSL ou do PT. 

Ao mesmo tempo, aqueles que apoiam um, declaram uma certa rejeição ao outro. Como é o caso do empresário Tayron Baquette, de 28 anos. Seu voto em Bolsonaro é para derrubar a hegemonia da esquerda, que tem governado o país nos últimos anos. “Pra mim, essa eleição representa muito mais direita contra esquerda do que Bolsonaro contra Haddad. Acredito que qualquer candidato que tivesse chances reais de tirar a esquerda do poder teria todos os votos que o Bolsonaro tem hoje. ”, afirma o empresário.

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Ainda de acordo com ele, com a eleição de seu candidato haveria a “chance de escolher a dedo todos os cargos ministeriais que antes eram dados a políticos como favores em troca de coligações, votos e suporte ao governo”.

O mesmo posicionamento é adotado pelo corretor de imóveis, Ighor Nasser, de 29 anos. Para ele, Bolsonaro representa a “luz no fim do túnel”. Ciente da polarização, Nasser acredita que o momento exige “medidas extremas”. “Nosso país precisa sair do buraco. Não temos opção de sermos isentos, quem se acovardar de tomar uma posição hoje vai condenar o país a entrar mais a fundo no buraco”, diz ele ao fazer referência a uma possível vitória petista.

O corretor também afirma que “Bolsonaro está longe de ser o salvador da pátria´ que boa parte de seus eleitores idealizam, porém ele é o mal necessário. Hoje, Jair Bolsonaro é o machado que vai cortar a cabeça da serpente”, finaliza.

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O gestor público Maicon Ferreira, de 34 anos, também é eleitor de Bolsonaro e declara que o candidato tem seu voto por não responder a nenhum processo de corrupção. “Eu acho que quem vota em corrupto está assaltando o país igualmente ao político eleito por ele.” Ferreira também é a favor da diminuição da maioridade penal, uma das propostas de seu candidato. “É inadmissível um país onde um menor pode votar, pode matar, estuprar, roubar, mas não pode ser preso. Nos países mais evoluídos do mundo isso não acontece”, defende.

E assim como Baquette, o gestor público também acredita que com Bolsonaro no poder a escolha dos cargos ministeriais seria feita de forma diferente já, que de acordo com Ferreira, Bolsonaro não tem alianças políticas. “Deixou claro que isso não vai acontecer, até porque nenhum desses é amigo dele.”

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Já ao lado do candidato do PT, Fernando Haddad, temos eleitores que apontam um plano de governo completo, que beneficiaria todas classes. Érica Camargo, de 36 anos é professora e afirma que Haddad apresentou um “projeto consciente de desenvolvimento para o país, que atende a toda a sociedade, é factível, dada a atual conjuntura e fatores de polarização, e propõe o controle social sobre a administração pública”.

Ela também qualifica o candidato como alguém “talentoso, íntegro, inteligente, preparado e com formação ampla (Economia, Direito e Filosofia). Tem luz própria e traz uma oxigenação ao campo progressista.” De acordo com Érica, Haddad tem compromisso com a democracia, com a soberania nacional e os direitos humanos.

A eleitora enaltece ainda o desempenho do político como Ministro da Educação e como prefeito de São Paulo, ao qual listou algumas benfeitorias. “Gestão baseada em participação democrática, humanização, diálogo, e criação da controladoria geral.” Além disso, ela o avalia como humilde por ter “capacidade de realizar autocrítica, reconhecendo os pontos delicados dos governos petistas”.

Defensor de políticas sociais, o jornalista de 31 anos, Bruno Almeida, defende seu voto em Haddad por vê-lo como o candidato que atende melhor as suas expectativas com relação ao “desenvolvimento da economia, combate ao desemprego e à pobreza. Além disso, é o plano mais robusto com projetos de inclusão social e retomada dos investimentos em saúde e educação que foram cancelados pelo governo ilegítimo de Temer.”

O jornalista ainda lamenta essa polarização política e desaprova a postura adotada por alguns grupos. “Esse ódio ao PT (Partido dos Trabalhadores) tem estagnado o país e vem nos fazendo amargar a crise. Vejo a pobreza crescendo, enquanto as pessoas se digladiam por suas posições políticas.”

O professor universitário, Sérgio Carrazedo Dantas de 44 anos, eleitor de Haddad também considera seu projeto de governo como o mais estruturado. “Em especial para a classe trabalhadora da qual faço parte”, declara. Dantas também defende o governo petista e avalia seus ganhos. “O projeto do PT é distribuição de renda e participação no consumo, é expansão de projetos que atingem a classe trabalhadora. Basta olhar para a quantidade de universidades que foram criadas nos 13 anos de gestão.”

Para ele, a eleição de Haddad também representa a “esperança do restabelecimento dos processos democráticos e seja interrompida a marcha do golpe”, que de acordo com o professor resultou no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e prisão do também ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

 

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