A Divisão de Combate à Corrupção (DCCO) da Polícia Civil do Paraná deflagrou nesta quarta-feira (26) a Operação Rota Oculta para desarticular uma organização criminosa suspeita de fraudar uma licitação de transporte público escolar na cidade de São Miguel do Iguaçu, no Oeste do Estado.
Há cinco mandados de prisão preventiva – que é por tempo indeterminado – e dez de busca e apreensão sendo cumpridos na cidade e em Foz do Iguaçu, que também fica na região oeste.
Policiais cumprem os mandados judiciais na Procuradoria-Geral de Foz do Iguaçu, na Prefeitura de São Miguel do Iguaçu, na Câmara Municipal de São Miguel do Iguaçu, em residências e em empresas dos investigados.
Empresários do setor de transporte público escolar, um vereador e "laranjas" no esquema criminoso são os alvos da operação, de acordo com a Polícia Civil.
Até a última atualização desta reportagem, os nomes dos investigados e o número de prisões já realizadas não tinham sido divulgados.
'Rota Oculta'
A operação foi batizada de "Rota Oculta" e tem o apoio da Polícia Militar (PM) e da Polícia Científica.
O inquérito foi instaurado em 2 de agosto. Desde então, a polícia constatou que há indícios de irregularidades nos contratos que se referem à quilometragem contratada para o transporte público.
Conforme a investigação, cerca de 40% da quilometragem contratada pela Prefeitura de São Miguel do Iguaçu não era percorrida diariamente pelos veículos. O prejuízo aos cofres públicos, de acordo com a Polícia Civil, foi de aproximadamente R$ 1,4 milhão.
Segundo a Polícia Civil, o homem apontado como chefe do esquema criminoso é um empresário, que já foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) no âmbito da Operação Nipoti – desmembramento da Operação Pecúlio, da Polícia Federal (PF), que apura fraudes em licitações da Prefeitura de Foz do Iguaçu.
Ele é funcionário da Prefeitura de Foz do Iguaçu e opera com duas empresas em São Miguel do Iguaçu, conforme a Polícia Civil.
As empresas estão nos nomes do irmão e da entenada, de 19 anos. Porém, a suspeita da polícia é a de que as duas empresas sejam controladas de forma oculta pelo empresário.
Elas venceram 19 lotes da licitação em São Miguel do Iguaçu que, segundo a Polícia Civil, previa o serviço de transporte público escolar na cidade.
A licitação era no valor de R$ 3,3 milhão, contudo, um aditivo aumentou o custo para mais de R$ 4 milhões, ainda de acordo com a polícia.
As informações são da RPC/Foz do Iguaçu
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