Consumidores de morango vendidos na Austrália e na Nova Zelândia ficaram apreensivos depois de diversas pessoas encontrarem agulhas dentro das frutas. Os casos, registrados em todos os seis estados australianos na semana passada, obrigaram os produtores da fruta a adotarem o uso de detectores de metal.
O governo de Queensland, onde aconteceram os primeiros casos, ofereceu 100 mil dólares australianos (R$ 300 mil) para quem tiver informações que ajudem a localizar e prender os responsáveis por inserir as agulhas nas frutas.
Seis diferentes produtoras de morangos vendidos nos dois países – Donnybrook Berries, Love Berry, Delightful Strawberries, Oasis, Berry Obsession e Berry Licious – fizeram um recall e retiraram todos os lotes de seus produto dos mercados até que a situação seja esclarecida. Apesar da gravidade da situação, não há relatos de pessoas que tenham se ferido ao comer as frutas.
O Ministro de Saúde da Austrália, Greg Hunt, determinou que a agência federal responsável por supervisionar a segurança alimentar investigue a forma como a crise das agulhas foi conduzida.
Ele também ordenou que a Food Standards Australia New Zealand, órgão governamental responsável pelo desenvolvimento de padrões alimentares para os dois países, determine se há falhas na cadeia de distribuição que devem ser corrigidas.
As duas principais distribuidoras de alimentos da Nova Zelândia, Foodstuffs e Countdown, anunciaram que deixaram de comercializar os morangos australianos até que a crise seja resolvida.
A Nova Zelândia importa morangos da Austrália de abril a setembro, quando não estão na época de produção no país. As duas empresas disseram que em breve poderão reabastecer as prateleiras do mercados com produtos locais.
O vice-presidente da Associação de Produtores de Morango de Queensland, Adrian Schultz, afirmou que este caso único de “terrorismo comercial” deixou esta multimilionária indústria em uma posição de fragilidade. “Estou bravo por todas os associados, pelos fazendeiros, por seus fornecedores, pelos empacotadores e pelos caminhoneiros e suas famílias que repentinamente perderam seus empregos”, disse Schultz. “(O impacto da crise) é algo de longo alcance.”
Coles e Aldi, as duas principais redes de mercados da Austrália, também retiraram os morangos de suas prateleiras em quase todo o país – a única exceção são as lojas na Austrália Ocidental – por prevenção.
Com informações do The Guardian
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