Foto por Reprodução
Candidato ao Senado, o ex-governador Beto Richa (PSDB) reuniu aliados nesta terça-feira (18) em Curitiba. Participaram do encontro ex-prefeitos e lideranças de todo Estado. Foi a primeira reunião política de Richa após deixar a prisão. O ex-governador ficou quatro dias detido por suspeita de fraudes do programa "Patrulha Rural".
Richa discursou por 48 minutos. Ele retomou números de sua gestão à frente do Palácio Iguaçu, criticou a operação do Grupo de Atuação Especial no Combate à Corrupção (Gaeco) que o levou à prisão e garantiu que manterá sua campanha ao Senado, mesmo após o anúncio da governador Cida Borghetti (PP), candidata à reeleição, que pediu a retirada do seu nome da coligação.
Richa foi preso pelo Gaeco no âmbito da operação Rádio Patrulha na terça-feira passada (11) e ganhou direito à liberdade por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. As investigações apontam que o ex-governador estaria à frente de um esquema de fraudes aplicado na licitação do programa estadual Patrulha no Campo, mas o tucano nega qualquer envolvimento no caso.
Durante o evento nesta terça-feira, Richa recebeu apoio dos participantes. A todo momento, os discursos dos participantes da reunião eram interrompidos por aplausos e exclamações de “honesto” e “viva o nosso futuro senador”.
“Pode ter certeza de que esse momento jamais sairá da minha mente. É nessas horas que a gente conhece quem são os verdadeiros amigos. Infelizmente, alguns se afastaram”, disse Richa, em uma referência que engloba claramente a postura de sua ex-vice governadora.
Richa leu na reunião com os apoiadores a íntegra do texto de sua propaganda eleitoral que foi ao ar na segunda-feira à noite (17). Ele também falou sobre a prisão. “Vocês não conseguem imaginar o terror que foram esses dias. Invadiram a minha casa como se fosse uma operação de guerra”, disse. “A imprensa sabe que fomos vítimas de uma truculência, mas é reticente em admitir porque nós políticos somos uma espécie a ser extinta. Mas a Justiça do Paraná vai reconhecer minha inocência”, completou.
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