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Empresários debatem com presidenciáveis propostas para infraestrutura

A Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB) organizou hoje (20) um encontro com os candidatos à Presidência da República com 300 empresários do setor para debater propostas para o setor. Os diretores ouviram os presidenciáveis n

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 20.08.2018, 22:52:00 Editado em 21.08.2018, 00:24:40
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A Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB) organizou hoje (20) um encontro com os candidatos à Presidência da República com 300 empresários do setor para debater propostas para o setor. Os diretores ouviram os presidenciáveis na capital paulista, além de apresentarem uma agenda de propostas para a infraestrutura 2018, produzida pelos 20 comitês temáticos da associação.

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O documento foi organizado em três partes: medidas macroeconômicas para permitir a retomada do crescimento econômico, propostas matriciais que impactam igualmente todas as áreas de infraestrutura e propostas setoriais específicas para os mercados de infraestrutura.

Os candidatos que confirmaram presença tiveram 60 minutos para apresentar propostas para o setor de infraestrutura, distribuídos em 15 minutos para uma apresentação livre sobre o tema infraestrutura; 30 minutos para responder perguntas feitas pela mediadora do encontro e 15 minutos para responder perguntas escolhidas pela plateia por meio de um sistema de votação eletrônica.

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Na manhã de hoje, participaram os candidatos Marina Silva (Rede), Guilherme Boulos (PSOL) e Manuela D’Ávila (PCdoB), representando o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva. 

Marina Silva: fontes diversificadas de energia

A candidata da Rede, Marina Silva, defendeu um projeto econômico que esteja atento às mudanças nas formas de produção mundial. Segundo ela, também é preciso que o Brasil aproveite a possibilidade de gerar energia de fontes diversificadas e menos poluentes.

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“No quesito geração de energia, é fundamental que a gente tenha clareza da nossa grande vantagem comparativa em relação a outros países porque podemos combinar a energia de hidreletricidade com energia solar, eólica, biomassa, todas as fontes que estão à nossa disposição. É preciso fazer uma transição para uma economia de baixo carbono, o mundo inteiro está caminhando nessa direção”, acrescentou.

Sobre as obras de infraestrutura, Marina disse que pretende agilizar os processos de licenciamento ambiental e também criar mecanismos que melhorem a construção dos projetos. “A qualidade dos projetos executivos, não se pode contratar nenhuma obra sem que isso esteja na base. O licenciamento ambiental pode ganhar maior eficiência sem perda de qualidade”, ressaltou.

A candidata também disse que tem a intenção de fazer com que as obras públicas tenham um seguro, como forma de reduzir a imprevisibilidade durante a execução dos projetos. Com ele, nós teremos os projetos executivos, uma forma de controlar mais para evitar, inclusive, aditivos que são desnecessários em prejuízo do Poder Público e das empresas. Porque ninguém ganha quando as coisas não são feitas da forma certa e adequada”, propôs.

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Manuela D'Ávila: retomada de obras

Representando do candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, Manuela D'Ávila (PCdoB), que faz parte da coligação, defendeu a “recompor a capacidade de investimento do Estado”. Para isso, ela disse que um eventual governo da coligação PT e PCdoB usaria 10% das reservas internacionais do Brasil para investimentos em infraestrutura. De acordo com ela, o percentual significa um montante de R$ 100 bilhões.

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Segundo ela, a prioridade é a retomada das 7 mil obras paradas no país. “Muitas delas obras de infraestrutura urbana relacionadas ainda à Copa de 2014”, acrescentou sobre como seria gasto o dinheiro.

Para Manuela, é preciso reavaliar os mecanismos de empréstimos com juros subsidiados abaixo do mercado. “Nós entendemos que os mecanismos, por exemplo, de empréstimo do Estado, como no caso do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social], precisam ser revistos para garantir os empréstimos”, enfatizou. Um dos focos deve ser, segundo Manuela, o setor industrial, indispensável, na avaliação dela, para a expansão econômica. “O país, na etapa de desenvolvimento do Brasil, não pode abrir mão da indústria tradicional, aos seus investimentos em infraestrutura”, destacou.

Em uma eventual gestão PT, o governo federal deve, segundo Manuela, continuar a ser decisivo para execução de grandes obras. “Os grandes investimentos em infraestrutura nacional, com a divisão de recursos acontecendo da maneira que acontece hoje, precisam ser emparceirados com a União”, observou. Manuela também defendeu o fortalecimento das agências reguladoras como mecanismo de controle.

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Boulos: mais investimentos do estado

O candidato do PSOL, Guilherme Boulos, acredita que é necessário aumentar o nível de investimento estatal na infraestrutura do país. Segundo ele, o Brasil investe cerca de 2% do Produto Interno Bruto no setor. “Para os padrões latino-americanos, 2% do PIB para investimento em infraestrutura é baixo. A nossa pretensão é dobrar esse investimento para 4% do PIB”, ressaltou.

Esses investimentos atenderão, segundo Boulos, não só às necessidades de expansão econômica, mas demandas sociais da população. “Investimento para produção, mas também infraestrutura social. Nós estamos falando aqui de mobilidade urbana, de complexo de saúde e educação, de moradia popular. Não apenas de infraestrutura para os negócios: portos, hidrelétricas, ferrovias es estradas”, detalhou.

Para fazer esses investimentos, Boulos disse que pretende fazer uma ampla reforma tributária para melhorar o financiamento do Estado. O fim da maior parte das reduções de tributárias para diversos setores da economia foi outra forma de aumento da arrecadação mencionada pelo candidato.

Para incentivar o setor de infraestrutura, Boulos quer ainda diminuir a burocracia e cortar os juros reais da economia, facilitando o acesso ao crédito. Entre os investimentos que teriam prioridade, Boulos destacou a construção de moradias populares bem localizadas e fora da lógica de mercado, guiadas pelo o “interesse público”. Segundo ele, cortando as margens de lucro das empreiteiras, é possível fazer unidades habitacionais melhor localizadas e maiores do que as que tem sido oferecidas, por exemplo, no Minha Casa. Minha Vida.

fonte Agência Brasil

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