A Caixa Econômica Federal (CEF) atingiu um lucro líquido de R$ 6,7 bilhões no primeiro semestre de 2018, o que representa um aumento de 63,3% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com balanço divulgado hoje (20), em São Paulo.
O resultado operacional chegou aos R$ 9,1 bilhões, aumento de 127,0% nos últimos 12 meses, influenciado pela queda de 5,8% nas despesas administrativas, pelo aumento das receitas com serviços (6,5%) e pela melhoria da qualidade da carteira de crédito.
Segundo o balanço, a carteira de crédito da Caixa totalizou saldo de R$ 695,3 bilhões no primeiro semestre, com recuo de 2,9% em 12 meses, o que foi influenciado pela redução de 25,7%, na carteira de pessoa jurídica e compensada pelo aumento de 3,6% na carteira habitacional. A Caixa manteve sua participação no mercado superior a 20%.
Os dados mostram também que a inadimplência ficou em 2,50%, com recuo de 0,4 ponto percentual em comparação com o primeiro trimestre de 2018, mas manteve-se estável com relação ao primeiro semestre de 2017, ficando abaixo da média de mercado de 3,06%.
Carteira imobiliária cresce 3,6%
A carteira imobiliária da Caixa cresceu 3,6% nos últimos 12 meses, ao totalizar R$ 436,5 bilhões. Esse resultado foi influenciado pelas operações com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que atingiram R$ 250,9 bilhões, alta de 13,0% em 12 meses. As operações feitas com recursos da Caixa – SBPE – somaram R$ 185,6 bilhões e representaram 42,5% da carteira de crédito habitacional.
A poupança da Caixa atingiu saldo de R$ 283,2 bilhões ao final do semestre, com crescimento de 8,4% em 12 meses. O resultado é decorrente de 4,7 milhões de novas cadernetas de poupança, totalizando 76,8 milhões de contas.
Os dados mostram, ainda, que o banco conquistou 4,5 milhões de novos clientes no último ano, chegando a 90,8 milhões de correntistas e poupadores. Desses, 88,1 são pessoas físicas e 2,8 milhões pessoas jurídicas.
Com relação à transferência de benefícios a Caixa pagou, no primeiro semestre do ano, 80,9 milhões de benefícios sociais, o que representa R$ 14,5 bilhões. Pelo programa Bolsa Família foram pagos 78,4 milhões de benefícios, representando R$ 14,0 bilhões no primeiro semestre, o que significa aumento de 1,8% em 12 meses.
Benefícios em programas para o trabalhador
A Caixa pagou ainda 88,5 milhões de benefícios em programas voltados para o trabalhador, um total de R$ 133,0 bilhões. Seguro-desemprego, Abono Salarial e PIS (Programa de Integração Social) corresponderam a R$ 31,6 bilhões.
As aposentadorias e pensões aos beneficiários do INSS chegaram a 37,7 milhões de pagamentos, somando R$ 46,7 bilhões. A arrecadação do FGTS totalizou R$ 60,1 bilhões e os saques chegaram a R$ 54,7 bilhões.
Segundo o balanço, o saldo da carteira das operações de saneamento e infraestrutura atingiu R$ 82,6 bilhões no semestre, alta de 3,3% em 12 meses.
As despesas com pessoal caíram 7,5% ante o primeiro semestre, reflexo da diminuição do quadro de funcionários com os programas de demissão voluntária. As despesas administrativas foram reduzidas em 2,3% devido aos ganhos de eficiência com a redução de processos e redução de despesas estruturais.
“Nós temos um resultado recorde que demonstra o êxito da Caixa na busca de um crescimento orgânico sustentável sem perder sua vocação social. Fica clara essa intenção porque nós planejamos em 2016, continuamos em 2017e intensificamos em 2018. Sabemos que a Caixa sempre precisa ficar atenta ao resultado financeiro, mas tem uma agenda com o povo brasileiro, que é ser agente das políticas públicas e sociais, que é o principal motivo para a criação da Caixa. Trabalhamos em busca de três grandes resultados: os econômicos, os sociais e os ambientais”, disse o presidente da Caixa, Nelson Antônio de Souza.
Fonte: Agência Brasil
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