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171 pessoas morreram em confrontos com a PM no primeiro semestre em todo Paraná

O Grupo de Ação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná – que tem entre suas funções o controle externo da atividade policial –, divulgou na quinta-feira 16 de agosto, dados relacionados às mortes em confronto com

Da Redação

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171 pessoas morreram em confrontos com a PM no primeiro semestre em todo Paraná
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Escrito por Da Redação
Publicado em 17.08.2018, 08:51:00 Editado em 17.08.2018, 09:01:50
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O Grupo de Ação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná – que tem entre suas funções o controle externo da atividade policial –, divulgou na quinta-feira 16 de agosto, dados relacionados às mortes em confronto com policiais no estado no primeiro semestre deste ano. Nesse período, houve 171 pessoas mortas em enfrentamentos com policiais militares. Foram constatadas ainda cinco mortes causadas por policiais civis e três envolvendo guardas municipais (em Piraquara, Londrina e Quatro Barras). O número representa um aumento de 24,3% em relação ao primeiro semestre de 2017 e de 36,6% se comparado com o segundo semestre do ano passado.

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As mortes em enfrentamentos com a Polícia Militar decorreram de 132 eventos, sendo que 156 delas derivaram de atuação em trabalho direto dos policiais, enquanto as outras 15 envolveram policiais militares em período de folga.

Foram 26 mortes em janeiro (15,2%), 32 em fevereiro (18,7%), 37 em março (21,6%), 27 em abril (15,8%), 21 em maio (12,3%) e 28 em junho (16,4%). Curitiba foi o município com mais casos, com 43 mortes (25,1% dos casos), seguido de São José dos Pinhais, com 12 (7%), e Londrina, com 11 (6,4%). Em toda a Região Metropolitana de Curitiba, houve 95 mortes (55,5% do total), assim divididas: Curitiba – 43, São José dos Pinhais – 12, Araucária – 6, Colombo – 6, Almirante Tamandaré – 5, Campo Largo – 5, Quatro Barras – 5, Piraquara – 4, Campo Magro – 3, Fazenda Rio Grande – 3, Pinhais – 2, Balsa Nova – 1.

Entre as vítimas, 75 (43,9%) eram brancas, e 96 (56,1%), negras e pardas. A distribuição dos mortos por faixas etárias foi a seguinte: 18 (10,5%) até 18 anos de idade, 81 (47,4%) entre 26 e 35 anos e 49 (28,6%) acima de 35. Não foi apurada a idade exata de 23 pessoas (13,5%).

A Polícia Militar (PM) emitiu nota sobre o levantamento apresentado pelo GAECO, confira:
"Em relação aos dados estatísticos divulgados pelo Ministério Público a respeito de resultado morte em confrontos armados no Estado do Paraná, a Polícia Militar esclarece a opinião pública que:

Todas as ocorrências de confrontos armados, que envolvem o resultado morte por parte da Polícia Militar, caracterizam-se, em regra, por situações de uso legítimo da força em resposta a atos e fatos gerados por pessoas à margem da lei que atuam criminosamente colocando em risco real e iminente a pessoa do agente público ou de terceiros;

Todas essas situações são comunicadas pela Polícia Militar ao Ministério Público, por meio do GAECO, que acompanha todo o processo instrutório que objetiva esclarecer as circunstâncias que envolvem os fatos;

Doutrinariamente a Polícia Militar trabalha os conceitos de uso seletivo da força, direitos humanos, respeito à dignidade da pessoa humana, dentre outros valores que transversalmente interagem com todas as disciplinas afetas à formação, qualificação, especialização e capacitação técnico profissional, na teoria e na prática de todas as formas de atuação da Força Pública;

Há muitas variantes estatísticas e qualificadoras das situações de confrontos que demonstram que a maior parte das pessoas que ousam confrontar com a PMPR são presos ilesos ou com lesões corporais, o que bem demonstra que inexiste a prevalência do resultado morte nessas intervenções PM;

Quanto mais eficiente for a Polícia Militar nas intervenções em ocorrências agravadas pelo uso de violência ou grave ameaça, com emprego de armas de fogo por parte de criminosos, maiores serão as situações de reação e de confrontos;

Por certo, onde há maior concentração demográfica, há maiores indicadores de incidência criminal e de ocorrências policiais, maiores aparatos de resposta policial e, por conseguinte, maiores registros de intervenções e confrontos, a justificar a maior concentração de resultado morte na Capital do Estado".

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