Esta é a última semana da campanha estadual de vacinação contra a febre aftosa. O prazo encerra sexta-feira (15). Nesta primeira etapa, é obrigatória a vacinação e comprovação da vacina de bovinos e bubalinos de zero a 24 meses.
A estimativa é de que 4,2 milhões de cabeças nessa faixa de idade devam ser vacinadas. De acordo com a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), cerca de 90% do rebanho já está vacinado.
Os produtores que não regularizarem a situação no prazo estabelecido recebem um auto de infração, que pode ser revertido em multa. “Para conseguirmos atingir nossa meta, é preciso manter os índices de vacinação suficientes, acima de 97%. Os produtores devem fazer a comprovação da vacinação nas unidades locais até sexta-feira”, diz o gerente de Saúde Animal da Adapar, Rafael Gonçalves Dias.
O calendário foi alterado no final de maio em função da greve dos caminhoneiros, que comprometeu a distribuição e venda de vacinas. Com isso, a Adapar alterou a data final da campanha de 31 de maio para 15 de junho, com base em uma recomendação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
A dose é de 5 ml para todos os animais. Ao comprar a vacina nas casas agropecuárias, o produtor precisa obter a Nota Fiscal de compra e o Comprovante de Vacinação e Atualização Cadastral. O comprovante deve ser entregue nas Unidades Locais da Adapar no prazo determinado. A comprovação também pode ser feita pela internet, na página www.adapar.pr.gov.br.
DOENÇA - A febre aftosa é uma doença infecciosa aguda causada por vírus, uma das mais contagiosas a atingir bovinos, búfalos, ovinos, caprinos e suínos. Causa febre, seguida do aparecimento de vesículas, principalmente na boca e nos cascos, dificultando a movimentação e alimentação dos animais, gerando elevada e rápida perda de peso e queda na produção de leite.
STATUS - Atualmente, o Paraná é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como Área Livre de Febre Aftosa, com Vacinação. Mas o objetivo do poder público é compor um bloco com outros estados para obter o reconhecimento de Área Livre de Febre Aftosa, sem Vacinação, já que a prática é considerada ultrapassada em outros países.
Assim, o Paraná espera atrair mais investimentos e conquistar mais espaço no mercado de carnes internacional. A ideia é substituir a vacina por formas de fiscalização permanente. A previsão da Adapar é que a última campanha de vacinação contra a febre aftosa ocorra em novembro deste ano. O último registro do vírus no Estado é de 2005, sanado em 2006.
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