Foto por Reprodução
Uma canadense de 24 anos foi condenada a oito anos de prisão por tráfico de drogas após tentar entrar com 95 quilos de cocaína na Austrália a bordo de um cruzeiro luxuoso ainda no ano de 2016, divulgou ontem (19) a imprensa australiana. Melina Roberge –junto com uma amiga – aceitou transportar a carga ilícita em troca de uma viagem de 20.000 dólares (68.000 reais), na qual ela poderia “tirar fotos em lugares exóticos e postá-las no Instagram para receber likes”, admitiu durante Melina em seu julgamento.
De acordo com site australiano News.com, As duas levaram as drogas em malas a bordo do MS Sea Princess durante um cruzeiro de sete semanas. A viagem começou no Reino Unido e passou pela Irlanda, Estados Unidos, Bermudas, Colômbia, Panama, Equador, Peru e Chile, até chegar na Austrália.
Roberge vai cumprir 4 anos e 9 meses de prisão na Austrália antes de ser deportada para o Canadá. A outra jovem, Isabelle Legace, de 30 anos, colega de Roberge, cumpre uma pena total de sete anos de reclusão desde novembro de 2017. Um terceiro cúmplice que estava no navio, Andre Tamine, de 65 anos, ainda aguarda julgamento.
Roberge revelou durante a apresentação de sentença no mês passado que um “sugar daddy” (gíria para designar homens ricos que pagam e oferecem presentes em troca da companhia e, em alguns casos, favores sexuais de jovens) recrutou ela e Lagace para transportar as drogas.
O convite foi feito após Roberge servir de acompanhante ao homem em uma viagem ao Marrocos. Na oportunidade, Roberge diz que havia recebido 10.000 euros (40.000 reais). Ela não quis identificar o homem por medo de ameaças à sua família no Canadá.
A juíza responsável por condenar a moça, Kate Traill, reprovou a motivação de Roberge para o crime, afirmando que é uma “acusação muito triste” que pessoas em sua faixa etária “busquem alcançar uma existência tão vazia, na qual a quantidade de ‘curtidas’ que elas recebem são moeda de troca”.
“Ela foi seduzida pelo estilo de vida e pela oportunidade de postar fotos glamurosas no Instagram de várias partes do mundo”, afirmou. “Ela queria ser a inveja dos outros. Eu duvido que ela o seja agora”, completou a magistrada australiana.
Com informações do site News.com
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