A indústria farmacêutica Prati-Donaduzzi, com unidade de produção em Toledo (oeste do Paraná), em parceria com a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) (USP/Ribeirão Preto), está na fase final de testes científicos do medicamento que promete controlar as crises de epilepsia refratária. O produto deve chegar ao consumidor no segundo semestre deste ano. A epilepsia refratária atinge mais de 700 mil pessoas no Brasil. Segundo fontes médicas, a doença não responde a outras medicações e o paciente pode ter até 50 convulsões num único dia. O remédio é a base do extrato vegetal da Cannabis, conhecida popularmente como maconha. Uma dose diária para uma criança seria equivalente a fumar quatro cigarros de maconha, conforme a direção da Prati-Donaduzzi.
Para produzir o medicamento é preciso retirar o extrato da planta para purificá-lo. Por isso, as máquinas são caras e produtividade é mínima: uma máquina de US$ 1 milhão produz de dois a três quilos por mês de matéria prima usada para a fabricação do medicamento chamado de Myalo e a purificação nunca é 100%.
Esta realidade faz do remédio um produto de alto custo. A empresa produtora do medicamento estima que um tratamento mensal possa ter um custo em torno de R$ 1800 a R$ 2500. Conforme a empresa produtora, basicamente o cultivo da matéria prima para produzir o medicamento é muito controlada controlada no Brasil pela complexidade e a estruturação do plantio do vegetal do qual é feito o produto.
Matéria prima importada da Europa
A indústria importa a matéria prima da Europa, onde acompanha o controle de qualidade e as boas práticas do cultivo. Para garantir o fornecimento da matéria prima e fabricação do medicamento, a empresa paranaense já está em negociação com outros dois produtores mundiais.
Com informações do portal Casa de Notícias, de Toledo (PR)
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