Religiosos ouvidos pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) revelaram a situação de “terror e opressão” a que os integrantes do clero eram submetidos na Diocese de Formosa (GO). O bispo dom José Ronaldo, três padres, um monsenhor, um juiz eclesiástico e mais três pessoas foram presas na segunda-feira (19/3) por suspeita de participação em um esquema de desvio de dinheiro da igreja.
A 1ª Promotoria de Justiça de Formosa, responsável pela investigação, relatou que as testemunhas recebiam ameaças de retaliação, transferências e até mesmo perda de cargo.
Em 21 de dezembro de 2017, o juiz eclesiástico Thiago Venceslau – que teria forjado uma auditoria fiscal – e o bispo promoveram uma reunião com os membros da Igreja Católica, que foram intimidados e constrangidos a declarar apoio ao líder religioso, conforme o MPGO.
Padres ouvidos pela Promotoria de Justiça detalharam que cada um deles era chamado nominalmente e conclamado a manifestar, perante todo o clero e expressamente, se ‘estava com o bispo ou não’."Trecho do documento da 1ª Promotoria de Justiça de Formosa.
O MPGO acrescenta que a atuação do grupo criminoso para esconder provas após descobrir a investigação. “Deu início a um processo de extravio de documentos, intimidações de testemunhas e fabricação de depoimentos falsos”, relata.
A Diocese de Formosa e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) ainda não se manifestaram oficialmente sobre o caso.
As informações são do portal Metrópoles
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