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Polícia Federal cumpre 20 mandados de prisão contra desvios na UTFPR

Uma ação deflagrada na manhã desta terça-feira (13), investiga a atuação de gestores e empresas que teriam se unido para fraudar licitações e contratos no campus de Cornélio Procópio da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Dois ex-servidore

Da Redação

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Operação 14 Bis deflagrada pela PF nesta terça-feira (13). Foto: PF
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Operação 14 Bis deflagrada pela PF nesta terça-feira (13). Foto: PF
Escrito por Da Redação
Publicado em 13.03.2018, 09:52:00 Editado em 13.03.2018, 11:33:36
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Uma ação deflagrada na manhã desta terça-feira (13), investiga a atuação de gestores e empresas que teriam se unido para fraudar licitações e contratos no campus de Cornélio Procópio da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Dois ex-servidores da Instituição foram presos.Conforme informações da Polícia Federal, há indícios de irregularidades de cerca de R$ 5,7 milhões. 

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A operação batizada como "14 BIs" é executada em conjunto com o Ministério Público Federal, Controladoria Geral da União e a Receita Federal. Cerca de 90 Policiais Federais e servidores da CGU e Receita Federal cumprem 20 mandados de prisão temporária e 26 mandados de busca e apreensão, além de sequestro e indisponibilidade de bens. A ação ocorre nas cidades de Uraí, Cornélio Procópio, Nova América da Colina e Maringá, todas no Paraná.

Investigações
De acordo com a assessoria da Polícia Federal, as investigações apontam a ocorrência de irregularidades graves em contratos celebrados entre a UTFPR-CP e empresas que prestaram serviços de manutenção predial, manutenção de ar-condicionado, manutenção de veículos, fornecimento de materiais de construção e serviços de reprografia.

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Entre as irregularidades encontradas estão a suspeita de obtenção de informação privilegiada, formação de grupo econômico, uso de documento potencialmente falso ou insuficiente para atesto de capacidade técnica, pagamentos superiores aos valores contratados, superfaturamento, sobrepreço, frustração de concorrência, suspeita de pagamento de materiais não recebidos ou desviados, entre outros.

De acordo com a polícia, após tomar conhecimento sobre a denúncia, a direção da UTFPR imediatamente adotou medidas em âmbito administrativo, como, por exemplo, a realização de auditorias, além da demissão de dois servidores envolvidos nas fraudes, mediante Processos Administrativos Disciplinares.

Prisões
Até às 10 horas, a polícia não havia confirmado o total de pessoas presas na operação. Contudo, adiantou que os detidos serão conduzidos à Delegacia de Polícia Federal em Londrina onde permanecerão à disposição da Justiça. Os suspeitos poderão responder pelos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, crimes contra o processo licitatório, sem prejuízo de outras implicações penais a serem constatadas,

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Nome da ação
A operação foi denominada 14 Bis em alusão à empresa criada para facilitar os desvios. Mais informações sobre a ação serão repassadas à imprensa durante coletiva ainda nesta terça-feira. 

A UTFPR divulgou uma nota de esclarecimento no site da instituição. Confira o texto na íntegra. 

"Na manhã desta terça-feira (13), o Câmpus Cornélio Procópio da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) foi alvo de operação conjunta da Polícia Federal (PF), Ministério Público Federal (MPF), Receita Federal e Controladoria Geral da União (CGU). Dois ex-servidores da Instituição foram presos. A acusação é de fraudes em licitações e contratos no âmbito do Câmpus.  

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A Reitoria da UTFPR esclarece que, tão logo recebeu as denúncias de irregularidades no Câmpus, no segundo semestre de 2015, deu início às apurações por meio da Auditoria Interna da Instituição e afastou os servidores envolvidos nas acusações. 

A partir das investigações internas, foram abertas sindicâncias e processos administrativos, que resultaram nas demissões do então diretor de Planejamento e Administração do Câmpus Cornélio Procópio, Sandro Rogério de Almeida, e do então diretor-geral do Câmpus, Devanil Antonio Francisco.  

Cabe destacar, portanto, que a UTFPR tomou todas as providências de sua competência para que o patrimônio e a moralidade da administração pública fossem preservados. A Universidade reitera que continuará contribuindo para que as investigações sejam realizadas de forma rápida, efetiva e dentro dos preceitos do Estado Democrático de Direito.

Diretoria de Gestão da Comunicação."



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