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Esta múmia sinistra foi um famoso assassino e possível suicida

Sabe a múmia ligeiramente assustadora que você viu na imagem? Ela é conhecida como “Múmia que Grita” devido à expressão de tormento que ela parece mostrar e se trata do corpo mumificado de Pentawere, filho de Ramsés III — faraó que reinou no Egito durante

Da Redação

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A Múmia que Grita (Daily Mail/Ministério de Antiguidades do Egito)
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A Múmia que Grita (Daily Mail/Ministério de Antiguidades do Egito)
Escrito por Da Redação
Publicado em 13.07.2018, 14:03:00 Editado em 13.07.2018, 14:02:18
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Sabe a múmia ligeiramente assustadora que você viu na imagem? Ela é conhecida como “Múmia que Grita” devido à expressão de tormento que ela parece mostrar e se trata do corpo mumificado de Pentawere, filho de Ramsés III — faraó que reinou no Egito durante o século 12 a.C. — com a rainha Tiye. E como é que o príncipe foi ficar assim, com essa “cara” de agonia? Pois a história dessa figura, como você poderá conferir a seguir, é bem interessante!

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Descoberta incomum

A famosa Múmia que Grita foi descoberta juntamente com outros corpos e artefatos no final do século 19 em Deir El-Bahari, um sítio que reúne uma série de templos mortuários e tumbas pertinho de Luxor, no Egito. O cadáver também é conhecido como “Homem Desconhecido”, uma vez que sua identidade permaneceu desconhecida durante milênios e egiptólogos e arqueólogos tentaram decifrar quem era a pessoa por trás da expressão de desespero por décadas.

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Análises revelaram que o corpo não foi submetido ao processo de mumificação de costume. Ele não foi exposto a nenhum fluido que os antigos egípcios usavam para preservar seus mortos e foi apenas colocado em sal e deixado para mumificar naturalmente — com a boca aberta e os músculos do rosto aparentemente tensos.

Ninguém sabe se o sujeito realmente morreu gritando ou se os mumificadores manipularam sua face para que ela mantivesse a macabra expressão, mas o fato é que, quando foi descoberta, a múmia se encontrava envolta em pele de carneiro — um material que os egípcios consideravam impuro para ser usado em rituais funerários — e, portanto, os cientistas concluíram que provavelmente se tratava de alguém não muito “querido” em sua época. E como é que descobriram que esse desconhecido era Pentawere?

Conspirações

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Existe um manuscrito conhecido como “Papiro Jurídico de Turim” — ele se encontra no Museu Egípcio de Turim, na Itália — que consiste nos documentos referentes ao processo judicial que ocorreu contra Pentawere após ele ser acusado de conspirar e atentar contra a vida do próprio pai no ano de 1.155 a.C.

Segundo os relatos, o príncipe era o segundo na linha de sucessão para se tornar faraó e foi ajudado por sua mãe para armar um complô mirabolante. O plano consistia em assassinar Ramsés III e, depois que seu meio-irmão, Amun-her-khepeshef, subisse ao trono, derrubá-lo e tomar o poder.

A coisa toda foi orquestrada por Tiye, que escalou servos, oficiais do governo e membros da corte para ajudá-la a aplicar o golpe, e o rei acabou mesmo sendo morto — análises realizadas na múmia de Ramsés III revelaram que ele faleceu após receber um profundo corte na garganta. Depois do atentado, instaurou-se o processo judicial e, para o azar dos conspiradores, pessoas fiéis ao faraó deduraram todo mundo e deram nomes aos bois.

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Como resultado, cerca de 30 acusados foram condenados a diferentes sentenças — dependendo de seu grau de envolvimento —, como torturas, mutilações e à morte. Entre os que foram sentenciados a perder a vida, estava Pentawere que, segundo o Papiro Jurídico de Turim, acabou tirando a própria vida, já que os membros da realeza eram considerados intocáveis.

Confirmação

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Exames realizados na Múmia que Grita revelaram que ela pertenceu a um homem com idade entre 18 e 20 anos e a forma exata como ele morreu ainda é um assunto debatido pelos estudiosos. Análises no corpo revelaram que existem marcas ao redor de seu pescoço e que os pulmões são de tamanho maior do que o normal, características consistentes com a morte por estrangulamento.

Além disso, muitos acreditam que a expressão de agonia indica que o rapaz pode ter morrido por envenenamento — embora existam cientistas que alegam que a boca aberta e cara estranha sejam resultado de sua cabeça ter ficado caída para trás após o falecimento — ou, ainda, que o sujeito cometeu suicídio tomando veneno e se enforcando depois.

Se o jovem foi executado ou tirou a própria vida ainda é motivo de discussão, mas análises de DNA realizadas na Múmia que Grita e na de Ramsés III confirmaram que o homem desconhecido era mesmo de Pentawere. Curiosamente, apesar de o príncipe ter sido sepultado sem ser devidamente mumificado, envolto em um material impuro e sem identificação — para dificultar sua passagem ao além —, seu cadáver foi encontrado junto com o de seu pai.

Originalmente, Ramsés III foi sepultado no Vale dos Reis, mas, depois de sua tumba ser invadida, sua múmia foi transferida para Deir El-Bahari, ironicamente, no mesmo local onde Pentawere foi encontrado.

Fonte - Daily Mail

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