Familiares de detentos se reuniram na manhã desta quarta-feira (14), em frente à Cadeia Pública de Ivaiporã. Eles denunciavam a estrutura precária da carceragem, o excesso de lotação, e a marmita fornecida na unidade prisional. A manifestação foi realizada após a divulgação nas redes sociais de carta escrita pelos presos, relatando as condições da cadeia. A unidade tem capacidade para apenas 32 detentos e atualmente está com 165 internos.
Ivone Volpe também mãe de um dos detentos relata que já foi feita uma denuncia ao Ministério dos Direitos Humanos. “Eles estão com uma alimentação péssima, sem higiene nenhuma, os direitos humanos aqui não estão sendo respeitados. Essa cadeia já foi interditada duas vezes, mas o Governo sempre consegue cassar a interdição. Por isso fizemos a denuncia nos Direitos Humanos, em Brasília, e recebemos a promessa que em 15 dias estarão tomando providências”.
(Representantes dos manifestantes foram recebidas pelo delegado Gustavo Dante)
Os parentes também reclamaram da proibição da entrada de alimentos fornecida pelos familiares, da retirada das redes nos corredores e das visitas que estão proibidas na carceragem, desde a semana passada após um principio de rebelião.
Segundo o delegado Gustavo Dante, as medidas tomadas foram disciplinares. “Às vezes temos que tomar umas medidas para evitar um transtorno maior”.
Com relação a denuncia que às marmitas entregues por empresa terceirizada aos detentos estariam chegando estragadas, o delegado diz que a informação não é verdadeira. “Temos acompanhado e isso não condiz com a verdade”, completou Dante.
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