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Moeda “BolsoCoin” é usada até em troca de crimes virtuais

O ano eleitoral ainda está no início, mas apoiadores de candidatos já fazem campanha das formas mais diversas possíveis. Supostos eleitores do deputado federal Jair Bolsonaro (recém-filiado ao PSL-RJ) escolheram um modo inusitado: a criação da BolsoCoin.

Da Redação

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Foto: Reprodução - DANIEL FERREIRA/METRÓPOLES
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Foto: Reprodução - DANIEL FERREIRA/METRÓPOLES
Escrito por Da Redação
Publicado em 17.01.2018, 09:30:00 Editado em 17.01.2018, 09:45:13
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O ano eleitoral ainda está no início, mas apoiadores de candidatos já fazem campanha das formas mais diversas possíveis. Supostos eleitores do deputado federal Jair Bolsonaro (recém-filiado ao PSL-RJ) escolheram um modo inusitado: a criação da BolsoCoin. Oferecida e divulgada em cantos pouco conhecidos da internet, a invenção é uma criptomoeda vendida por seus criadores como a primeira “da direita alternativa e neonazista do Brasil”.

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A BolsoCoin é uma das milhares de criptomoedas existentes hoje no mundo. A modalidade é uma espécie de dinheiro virtual que utiliza a criptografia para garantir mais segurança em transações financeiras na internet e criar novas unidades da moeda, como em um investimento. A transferência de valores é feita de um usuário a outro, sem a interferência de instituições bancárias.

Nesse caso, conforme o portal Metrópoles, há uma particularidade: o uso do nome de um pré-candidato à Presidência da República. “O nome vem de Jair Bolsonaro, político brasileiro similar a [Donald] Trump”, descrevem os responsáveis pela BolsoCoin. A moeda é uma versão do Litecoin, que, por sua vez, é uma cópia do Bitcoin, o dinheiro virtual mais famoso do mundo.

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Objetivos mais nebulosos
Ao contrário das criptomoedas de investimento, no entanto, esta pode ter sido feita para objetivos mais nebulosos. Segundo a descrição apresentada pelos criadores, na internet, a BolsoCoin está sendo utilizada em fóruns anônimos de extrema direita como forma de pagamento para usuários que fazem doxxing ou swatting em favor da causa do grupo.

Doxxing
O primeiro termo faz referência à prática de conseguir e transmitir dados privados – principalmente de pessoas conhecidas – a terceiros. Muitas vezes, o doxxing leva a crimes de chantagem ou a tentativas de destruição da reputação da vítima.

Moeda “BolsoCoin” é usada até em troca de crimes virtuais
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A BolsoCoin é uma das milhares de
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Swatting
Já o swatting é uma tática que consiste, basicamente, em passar um trote às forças de segurança. O hacker aciona os serviços de emergência e os envia à casa de uma pessoa onde não há ocorrência, com o objetivo de causar constrangimento.

Plataforma GitHub
A BolsoCoin foi elaborada e está disponível por meio da plataforma GitHub, uma das principais do tipo no mundo. O usuário responsável pela criptomoeda atende pelo pseudônimo “psycl0n” e, em sua página no GitHub, identifica-se como Marcelo Mello. Nome conhecido entre a comunidade on-line, Mello foi condenado por crimes de ódio cometidos na internet.

Fórum Dogolachan
Um dos sites onde a BolsoCoin pode ser armazenada on-line faz parte do domínio do fórum Dogolachan, atribuído a Marcelo Mello. Além disso, o nome psycl0n é, segundo internautas, um dos pseudônimos usados pelo hacker. Não foi possível confirmar, no entanto, se o autor da criptomoeda é realmente o ex-aluno da Universidade de Brasília ou alguém se passando por ele.

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Até a última atualização desta matéria, a reportagem não havia conseguido contato com o deputado Jair Bolsonaro ou sua assessoria, nem com Marcelo Mello.

Moedas virtuais
O mercado de criptomoedas, como a BolsoCoin, tem crescido exponencialmente nos últimos anos. Nessa modalidade, o usuário converte uma quantia de dinheiro real em virtual. A partir de então, pelo processo de “mineração”, é possível aumentar seu patrimônio on-line. Geralmente, os responsáveis por essas moedas prometem altos retornos em um curto espaço de tempo.

O negócio, no entanto, é polêmico e abre espaço para uma variedade de crimes virtuais. Desde vírus de computador visando às moedas virtuais a fraudes e esquemas de pirâmide. Um dos casos mais recentes no Distrito Federal foi o da Kriptacoin, que resultou na prisão de 13 pessoas em setembro do ano passado.

As informações são do portal Metrópoles

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