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Policial é suspeito de dirigir Camaro em suposto racha com mortes em SP

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A polícia de São Paulo investiga a participação de um policial civil da capital no acidente que matou duas pessoas e feriu outras seis durante um suposto racha na última terça-feira (9) na rodovia dos Imigrantes. Testemunhas d

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 11.01.2018, 15:25:00 Editado em 11.01.2018, 15:25:10
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A polícia de São Paulo investiga a participação de um policial civil da capital no acidente que matou duas pessoas e feriu outras seis durante um suposto racha na última terça-feira (9) na rodovia dos Imigrantes.

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Testemunhas do acidente afirmam que o Camaro preto do policial disputava uma corrida com uma Mercedes Benz CLS prata, que bateu na traseira de um Ford EcoSport, que não participava da disputa, com oito pessoas –dois casais de adultos e quatro crianças pequenas, filhos dos casais.

As duas mães morreram e os demais ficaram feridos. O motorista do EcoSport corre o risco de ficar paraplégico. O Camaro não foi atingido no acidente.

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O policial de 43 anos, que tem cargo de investigador e trabalha no 6º DP da capital, no bairro do Cambuci (região central), se apresentou no distrito policial que investiga o caso na tarde desta quinta (11) e afirmou que estava em velocidade normal e que nem sequer viu o acidente.

"Ele alegou que não estava disputando racha nenhum. Vamos terminar de colher o depoimento dele. No momento, ele está na condição de investigado e vai ser liberado", afirmou ao UOL o delegado Rui Diogo da Silva, que está à frente das investigações. Segundo o delegado, o policial disse que não conhecia o motorista da Mercedes.

A Polícia Civil pediu uma investigação imediata no histórico desse policial para saber como ele conseguiu comprar um veículo com valor tão alto —preço médio de R$ 266 mil para um zero quilômetro.

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Já a Mercedes era conduzida pelo administrador de empresas André Veloso Micheletti, 50, que estava acompanhado da mulher e de um funcionário. Após exame de bafômetro, ficou constatado que o administrador não havia ingerido bebida alcoólica. Na delegacia, ele afirmou que trafegava em velocidade permitida, quando o motorista da Ecosport, "repentinamente e sem sinalizar", entrou na faixa em que ele dirigia. A velocidade citada por testemunhas é de cerca de 200 km/h.

Tanto o motorista da Mercedes quanto o do EcoSport estão com as carteiras de habilitação cassadas por excesso de multas desde 2016. As crianças estavam no banco traseiro com as mães, sem cadeirinha e também sem o cinto de segurança.

Após passar a noite do acidente no distrito policial de São Bernardo do Campo, o motorista da Mercedes teve a sua prisão preventiva decretada pela Justiça na manhã de quarta-feira (10). Ele foi indiciado por homicídio com dolo eventual (quando se assume o risco de matar), tentativa de homicídio e também por dirigir sem CNH.

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"Ele passou pela faixa da direita como um foguete". É assim que o técnico em telecomunicações Thiago Ronaldo de Aguillar, 28, lembra do Mercedes CLS que passou pelo seu carro na terça (9) à noite na rodovia dos Imigrantes. "Ainda falei para o meu amigo 'ele ainda vai matar alguém'", afirma.

"Em seguida, já vi a fumaça. O Mercedes bateu duas vezes no EcoSport, que foi parar a uns 200 metros do lugar da primeira batida." De acordo com Aguillar, uma passageira do Mercedes teria dito ao marido que conduzia o veículo: "Viu o que você fez?". O acusado então teria dito "eu já estraguei a minha vida, você agora tem que ficar do meu lado", aos gritos.

O acidente aconteceu perto das 21h. O motorista do EcoSport disse em depoimento à polícia que estava a 110 km/h (o limite no local é 120 km/h), quando viu o clarão do farol e sentiu o impacto. Após a batida, o EcoSport rodopiou na pista e parou no canteiro central da estrada. Segundo a perícia, o Mercedes estava em velocidade muito superior ao carro dirigido por Gonçalves. Uma nova perícia, no entanto, ainda será feita para constatar a velocidade exata dos veículos.

No EcoSport estavam duas famílias que voltavam de uma viagem a Praia Grande (a 71 km de São Paulo) e seguiam para Suzano (Grande SP), onde moravam.

No veículo, além de Gonçalves, estavam a mulher dele, Juliana do Carmo Gamarra, 40, os três filhos do casal, de 1, 2 e 3 anos, e o casal de amigos Wesley Junior Gomes Bispo, 23, e Vitória Alves Furlanetto Gomes, 21, e o filho deles, de 1 ano. Juliana morreu no local; Vitória foi socorrida, mas não resistiu.

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