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Guerrilha rompe cessar-fogo e promove atentado na Colômbia

SYLVIA COLOMBO BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) - O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, repudiou o ataque do ELN (Exército de Liberação Nacional), na madrugada de quarta-feira (10), ocorrido logo após o fim do cessar-fogo que havia sido acertad

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 10.01.2018, 15:55:00 Editado em 10.01.2018, 15:55:09
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SYLVIA COLOMBO

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BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) - O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, repudiou o ataque do ELN (Exército de Liberação Nacional), na madrugada de quarta-feira (10), ocorrido logo após o fim do cessar-fogo que havia sido acertado durante as negociações em curso entre o Estado colombiano e essa guerrilha -hoje a maior do país, após a desmobilização das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), transformadas em um partido político.

Em pronunciamento horas depois do atentado, Santos afirmou que a equipe negociadora do governo, que se encontrava em Quito, sede das conversas, voltaria a Bogotá, interrompendo a nova rodada de negociações entre as duas partes que se iniciaria nesta semana.

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"Diante desta grave situação, pedi ao chefe da delegação de governo, Gustavo Bell, que regresse para que possamos avaliar o futuro do processo", disse Santos.

O presidente se referia ao ataque a um oleoduto no Departamento de Casanere, que resultou na morte de um funcionário da empresa Ecopetrol, principal petrolífera do país. Além da vítima fatal, o atentado causou vazamentos de gás e de petróleo que obrigaram as autoridades locais a retirar várias famílias.

"Também me comuniquei com os altos comandos de nossas Forças Armadas para que cumpram seu dever constitucional de reagir a essa agressão", completou Santos, dando como encerrada a possibilidade de que o cessar-fogo pudesse ser renovado nesta semana. Esta era a expectativa do governo, apoiado por pedidos da Igreja Católica e das Nações Unidas.

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REPERCUSSÃO POLÍTICA

Trata-se de um revés importante para o governo do Prêmio Nobel da Paz, a sete meses do fim de seu mandato e com popularidade em queda.

Gera incerteza, ainda, num país que está a poucos meses de eleições legislativas (março) e presidenciais (maio), nas quais a discussão sobre a eficácia dos acordos de paz será central, e que terão, pela primeira vez, ex-integrantes das Farc como candidatos ao Congresso e à Presidência.

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ACORDO DIFÍCIL

A trégua entre o governo e o ELN havia sido iniciada em 1º de outubro. Porém, já desde o início das negociações entre as duas partes, esse acordo vem se mostrando muito mais difícil de amarrar do que o assinado com as Farc.

Isso porque o ELN insiste em não suspender, enquanto o acordo não for terminado, suas atividades criminosas, como o sequestro e a extorsão, alegando que são seu modo de sobrevivência enquanto não acertam como seria sua reintegração à sociedade.

Santos, porém, disse que a interrupção não significa o fim das negociações. "Meu compromisso com a paz tem sido e será indeclinável. Mas só se chega a paz com atos concretos de paz e o ELN não vem cumprindo essa parte."

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