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Oposição calcula inflação de 2.616% na Venezuela, 4 vezes a projeção do FMI

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A oposição venezuelana afirmou nesta segunda-feira (8) que o país teve uma inflação de 2.616% e queda de 15% no PIB em 2017, ano marcado pelo aprofundamento da escassez e pela queda drástica na produção de petróleo. O número

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 09.01.2018, 08:05:00 Editado em 09.01.2018, 08:05:05
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A oposição venezuelana afirmou nesta segunda-feira (8) que o país teve uma inflação de 2.616% e queda de 15% no PIB em 2017, ano marcado pelo aprofundamento da escassez e pela queda drástica na produção de petróleo.

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O número divulgado pela Comissão de Finanças do Parlamento, dominado por rivais de Nicolás Maduro, é quatro vezes maior que os 652,7% projetados em outubro pelo FMI. O chavismo não divulga o índice de preços desde 2016.

O presidente da comissão, Rafael Guzmán, disse que o cálculo dos parlamentares é de que, se mantidas as atuais condições, a inflação chegaria a 14.000% em 2018 -o FMI prevê alta de 2.350% nos preços neste ano.

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Também membro do grupo, José Guerra responsabiliza o Banco Central pela hiperinflação por "emitir moeda para continuar financiando o governo". "Chegou ao ponto de que precisamos fazer alguma coisa para parar este índice."

Ele propõe, como solução à carestia, a eliminação do controle cambial existente desde 2003, parar a impressão de dinheiro, o refinanciamento da dívida externa e a busca de assistência financeira internacional.

"Ninguém vai vender um dólar no mercado a 5.000 bolívares quando você pode vendê-lo no paralelo a 120 mil. A causa do problema é o controle do câmbio, temos que conseguir a estabilidade da moeda", afirmou Guerra.

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Guzmán e Guerra também criticaram o controle de preços. No sábado, o regime inspecionou supermercados privados e obrigou o comerciantes a venderem os produtos os preços de 15 de dezembro -uma defasagem de 50%.

Além do prejuízo, a medida gerou mais escassez nas redes que ainda conseguem os alimentos com mais frequência, embora a preços mais altos. Houve protestos contra a ação tanto de comerciantes quanto de compradores.

"Se [a situação econômica] não se corrige, podem fazer quantas inspeções quiserem que os preços vão continuar a subir", disse Rafael Guzmán. "Quando há hiperinflação ninguém sabe quanto custam as coisas."

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A forte queda do PIB, cuja estimativa opositora também é maior que os 12% calculados pelo FMI, e o desabastecimento se devem também à diminuição da extração de petróleo. Segundo a Opep, a Venezuela produziu 1,834 milhões de barris por dia em novembro, queda de 15% em relação à média de 2016.

CÂMBIO

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Além da queda da produção de petróleo, que perfaz 96% dos recursos em exportações venezuelanas, o regime usa as reservas internacionais para sustentar suas políticas, o que levou o país a entrar em calote parcial da dívida.

Nesta segunda, a Associação de Corretores de Mercados Emergentes consideraram que os títulos da dívida pública da Venezuela entraram em default. As sanções impostas pelos EUA também dificultam as transações com os papéis.

Como resposta ao que chama de bloqueio, Maduro propôs mudar a cesta de moedas, trocando o dólar americano por rublo, yuan, ienes e rupias indianas, e criou uma criptomoeda, o petro, baseando-se na cotação do petróleo.

A autoridades também propuseram nesta segunda ao Banco Central um novo sistema cambial, mas sem dar detalhes, e a reativação do sistema de leilão de moedas, paralisado desde setembro depois das sanções americanas.

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