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Sobem para 3 as mortes por febre amarela na Grande SP

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Secretaria de Saúde de Guarulhos confirmou nesta segunda-feira (8) a morte de um homem de 69 anos por causa da febre amarela. Com isso, chega a três o total de óbitos provocados pela doença na região metropolitana de São Pau

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 08.01.2018, 20:40:00 Editado em 08.01.2018, 20:40:04
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Secretaria de Saúde de Guarulhos confirmou nesta segunda-feira (8) a morte de um homem de 69 anos por causa da febre amarela. Com isso, chega a três o total de óbitos provocados pela doença na região metropolitana de São Paulo.

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O homem, que não teve o nome informado, era morador do bairro guarulhense Jardim Munhoz, mas a suspeita é que ele tenha contraído a doença durante uma visita a uma chácara que tinha no município de Nazaré Paulista, próximo à divisa de Mairiporã, cidade da Grande SP visitada também pelas outras vítimas.

Segundo a pasta, o homem começou a apresentar os primeiros sintomas em 18 de dezembro e recebeu atendimentos médicos no dia 20, no Tatuapé (zona leste da capital), onde ficou internado. Depois foi transferido para a UTI de um hospital particular, mas não resistiu.

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Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, desde o início de 2017 até o momento houve 29 casos autóctones silvestres (com transmissão por mosquitos que vivem em matas e na beira de rios) confirmados no Estado, sendo que em 13 deles o pacientes evoluiu para óbito.

Além das três mortes, ao menos mais um caso da doença foi confirmado na região metropolitana --uma mulher de 27 anos está em estado grave no Hospital das Clínicas, na capital.

Marcos Boulos, coordenador de controle de doenças do Estado, afirma que a expansão da febre amarela era prevista desde o ano passado, o que fez com que as regiões de maior risco fossem vacinadas previamente. Em Mairiporã, por exemplo, cerca de 90% da população recebeu a dose no segundo semestre de 2017, diz.

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Apesar disso, a campanha não conseguiu conscientizar os viajantes. "A orientação a essas pessoas é mais difícil. Não tem como saber de onde eles vêm e pra onde vão, não tem como colocar uma porteira", avalia Boulos. "Esses casos agora servem como um alerta maior para a população entender que se for viajar em região de mata precisa ser vacinada."

VACINAÇÃO GRADATIVA

No último fim de semana, a secretaria do governo Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou a ampliação da vacinação contra a doença para todo o Estado. Para permitir uma oferta maior, a vacina será fracionada -no Brasil, ela é aplicada em dose única, seguindo recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde).

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A estratégia será aplicar a dose única nas áreas de risco e as fracionadas, que imunizam por até nove anos, nas demais regiões. "Foi decidido em reunião com o Ministério da Saúde. A partir de agora estamos treinando o pessoal e adequando a logística", disse o secretário estadual da Saúde, David Uip, ao "SP 2" no sábado (6).

Segundo Boulos, a ampliação da campanha para todo o Estado já estava prevista desde o ano passado e acontecerá de forma gradual.

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As regiões a serem inseridas na campanha a partir de fevereiro seguirão o critério de aproximação de maior concentração de mata, chegando à cobertura total do Estado até o final do ano. Ele destaca, porém, que quem pretende visitar áreas de risco deve se vacinar independentemente de onde mora.

"As pessoas devem ficar preocupadas, mas não desesperadas. A doença está aqui há alguns meses, mas em áreas de concentração de mata. O problema é a desinformação", afirma.

PARQUES FECHADOS

Desde outubro, 26 parques municipais e estaduais foram fechados nas zonas norte, sul e oeste da capital e na Grande SP. Eles estão na divisa com cidades onde macacos morreram da doença.

Boulos, porém, diz que os espaços não deverão ficar fechados por muito mais tempo. "O que precisa é vacinação e conscientização. Quando temos esses dois fatores sou favorável à abertura, claro que com orientações."

Os macacos não transmitem o vírus diretamente para pessoas -a transmissão ocorre se um mosquito picar um símio infectado e depois picar um humano.

O surto de febre amarela que atingiu o Brasil em 2017 foi o maior desde 1980. De dezembro de 2016 a junho do ano passado, foram confirmados 777 casos e 261 mortes no país. Em setembro, o governo federal considerou o surto encerrado.

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