SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Cerca de 60 turistas brasileiros foram alvo de um arrastão após voltarem de um passeio de barco na região da ilha Margarita, principal destino de viagem do Caribe venezuelano, na noite da última quinta-feira (4).
Segundo o diretor de Segurança do Estado de Nueva Esparta, Henry Jaspe, o grupo havia chegado da ilha de Coche e foi abordado por homens armados em um táxi clandestino e duas motos no cais de praia de La Isleta, ao sul de Margarita.
Os turistas foram ameaçados com armas de fogo e tiveram que entregar seus passaportes, objetos de valor e dinheiro em espécie. Jaspe afirma que eles foram levados de volta ao hotel onde estavam hospedados sob escolta das forças de segurança.
Nas horas seguintes, a Guarda Nacional e o órgão de investigação criminal nacional prenderam na ilha um suspeito de ter participado do crime. Não há informações, entretanto, sobre quantos teriam participado no arrastão.
Mesmo antes do aprofundamento da crise econômica, política e humanitária que atingiu o país governado pelo ditador Nicolás Maduro, no ano passado, o alto índice de criminalidade e a escassez de alimentos haviam afastado turistas da Venezuela.
Os EUA e países da Europa recomendam a seus cidadãos que evitem viajar ao país. Em virtude da crise, o número de visitantes vem caindo desde 2014, segundo a Organização Mundial do Turismo, ligada à ONU. O regime, porém, parou de divulgar dados de visitação a partir de 2016.
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