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Complexo prisional de GO tem terceiro motim em 5 dias

CLEOMAR ALMEIDA GOIÂNIA, GO (FOLHAPRESS) - Cinco dias após a rebelião que deixou nove mortos, 14 feridos e 106 fugitivos, e menos de 12 horas após um segundo motim -com troca de tiros entre presos de facções rivais-, um novo princípio de levante foi cont

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 05.01.2018, 20:40:00 Editado em 05.01.2018, 20:40:04
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CLEOMAR ALMEIDA

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GOIÂNIA, GO (FOLHAPRESS) - Cinco dias após a rebelião que deixou nove mortos, 14 feridos e 106 fugitivos, e menos de 12 horas após um segundo motim -com troca de tiros entre presos de facções rivais-, um novo princípio de levante foi contido pela polícia por volta das 4h30 desta sexta-feira (5), no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.

O governo do Estado informou que não houve mortes. Houve focos de incêndio.

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A Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP) informou que equipes do Gope (Grupo de Operações Penitenciárias Especiais) e da Polícia Militar invadiram o presídio e retomaram o controle do local e, por volta de 7h desta sexta (5). Logo em seguida, foi iniciado procedimento de revista.

Os dois primeiros conflitos, ocorreram na colônia agroindustrial do regime semiaberto. O mais recente, na Penitenciária Odenir Guimarães (POG), o maior presídio de Goiás, onde há cerca de 2.000 presos condenados. Ambas as unidades fazem parte do mesmo complexo prisional.

Os motins, segundo admite o Estado, são resultado da disputa entre as fações criminosas PCC (Primeiro Comando da Capital) e CV (Comando Vermelho). O superintendente executivo de administração penitenciária de Goiás, coronel Newton Castilho, havia afirmado, na terça (2), que havia risco de conflito maior dentro da penitenciária.

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O secretário de Segurança Pública de Goiás, Ricardo Balestreri, disse nesta sexta-feira (5) que "as rebeliões são orquestradas pelo crime organizado". Segundo ele, a localização estratégica de Goiás, no Centro-Oeste brasileiro, favorece a atuação do crime organizado.

O secretário afirmou, ainda, que "o governo federal nunca forneceu recursos suficientes para a segurança pública e aos sistemas penitenciários nos Estados". Segundo ele, os R$ 32 milhões enviados pelo governo federal estão sendo "bem utilizados". O diretor-geral de Administração Penitenciária de Goiás, coronel Edson Costa, classificou o momento como "difícil".

O Ministério da Justiça e Segurança Pública reforçou a informação, já divulgada em sua página na internet, de que Goiás recebeu quase R$ 32 milhões do Funpen (Fundo Penitenciário Nacional) para construir ou ampliar unidades do sistema prisional. Porém, acrescentou, até o dia 22 de dezembro de 2017, o governo estadual havia executado apenas pouco mais de R$ 5,6 milhões, o equivalente a 18% do montante.

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Os 20 mil presos em Goiás, segundo dados oficiais, são vigiados por apenas 1.190 agentes de segurança prisional, que tem o auxílio de 1.153 vigilantes penitenciários temporários (não concursados).

Se estes 2.243 funcionários do sistema trabalhassem todos os dias, cada um deles seria responsável por 82 presos, mas isso não ocorre porque eles se dividem em escalas de trabalho por plantão. Além disso, há servidores em funções administrativas.

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O governo goiano convocou 1.600 vigilantes penitenciários temporários para auxiliarem na segurança do sistema. Por lei, eles podem atuar pelo prazo de um ano.

UM ANO DEPOIS

A rebelião do dia 1º aconteceu exatamente um ano após o conflito iniciado na penitenciária de Manaus e que se espalhou dias depois por unidades de Roraima e do Rio Grande do Norte.

As três rebeliões de janeiro de 2017 deixaram mais de 120 mortos. Em todos os casos, os conflitos foram iniciados por membros de facções rivais que pretendiam assumir o comando do crime nas unidades.

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