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Irã cancela aumentos e lança plano de empregos em reação a protestos

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O governo do presidente do Irã, Hasan Rowhani, suspendeu nesta sexta-feira (5) os aumentos de tarifas e cortes de gastos estatais previstos para tentar acalmar a tensão provocada pelas manifestações contra o regime islâmico.

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 05.01.2018, 19:50:00 Editado em 05.01.2018, 19:50:11
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O governo do presidente do Irã, Hasan Rowhani, suspendeu nesta sexta-feira (5) os aumentos de tarifas e cortes de gastos estatais previstos para tentar acalmar a tensão provocada pelas manifestações contra o regime islâmico.

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O reformista Rowhani é pressionado tanto pelos participantes dos protestos, que deixaram 22 mortos e levaram mais de mil pessoas à prisão, quanto pela linha-dura do regime para melhorar as condições econômicas do país.

Segundo o ministro das Cooperativas, Trabalho e Bem-Estar Social, Ali Rabiei, foram canceladas as elevações de 50% no preço da gasolina e nas tarifas de água, luz e gás, como uma forma de controlar a inflação de mais de 10%.

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Na tentativa de solucionar outra reivindicação, o desemprego, as autoridades lançaram um programa para gerar cerca de 900 mil postos de trabalho até março de 2019 -Rabiei, no entanto, não deu detalhes de como isso se dará.

As medidas foram anunciadas horas após o líder religioso de Teerã, Ahmad Khatami, dizer que o governo deveria levar mais em consideração os problemas iranianos, em uma reação dos conservadores ao presidente reformista.

"Existem funcionários que dizem não receber seus salários há meses. Estes problemas precisam ser resolvidos", disse.

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Ao mesmo tempo que defende atuação "firme" contra líderes dos protestos, o clérigo pediu que "iranianos comuns que foram manipulados por estes baderneiros apoiados pelos EUA deveriam ser julgados com a clemência islâmica."

Os conservadores e o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, criticam Rowhani por não conseguir fazer com que a economia acelerasse com a redução das sanções dos EUA e da União Europeia e o acordo nuclear de 2015.

A assinatura do pacto com as potências levantou a expectativa na cúpula do regime e na população de uma melhoria abrupta da economia no país e na qualidade de vida de seus habitantes, o que não aconteceu.

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PROTESTOS

Nesta sexta (5), aliados do regime voltaram às ruas do interior para reforçar seu apoio e condenar a suposta intromissão dos EUA e de outros países. A acusação foi repetida pelo chanceler iraniano, Mohammad Javad Zarif.

"Os eternos companheiros de cama [os EUA] Arábia Saudita e Estado Islâmico, seguindo a ordem de Trump, endossam a violência, a morte e a destruição do Irã. Por que nós não nos surpreendemos?", disse, em um canal oficial.

A reclamação da República Islâmica foi apoiada pelo vice-chanceler russo, Sergei Rybakov. Segundo ele, as acusações têm fundamento e os EUA "usam qualquer método possível para desestabilizar governos dos quais não gostam".

O Conselho de Segurança da ONU se reuniu para discutir a situação do Irã, mas os resultados do encontro não haviam sido revelados até a publicação deste texto.

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