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Eleição no Alabama muda xadrez no Congresso dos EUA

ESTELITA HASS CARAZZAI WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) - Se na semana passada Donald Trump conseguiu fazer avançar a reforma tributária que prometia como um "presente de Natal" aos americanos, nesta terça (12), ele sofreu um revés com a eleição do democrata

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 13.12.2017, 23:30:00 Editado em 13.12.2017, 23:30:18
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ESTELITA HASS CARAZZAI

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WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) - Se na semana passada Donald Trump conseguiu fazer avançar a reforma tributária que prometia como um "presente de Natal" aos americanos, nesta terça (12), ele sofreu um revés com a eleição do democrata Doug Jones para o Senado.

A escolha do Alabama para o Senado aponta para um cenário difícil para os republicanos nas eleições legislativas de 2018.

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O efeito imediato da vitória de Jones é a redução da maioria republicana no Senado, antes com 52 cadeiras contra 48 dos democratas, para apenas duas cadeiras --o que pode comprometer a governabilidade de Trump caso apenas um dos republicanos vote com a oposição ou se dois se abstiverem.

A partir da posse de Jones, em janeiro, a maioria apertada coloca em risco a aprovação de medidas prioritárias para o governo Trump. A própria reforma tributária, por exemplo, foi aprovada com a diferença de apenas um voto.

A vitória de Jones sobre o republicano Roy Moore também dá novo fôlego aos democratas para as eleições de meio de mandato em 2018.

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"Se os democratas podem ganhar no Alabama, podemos e precisamos competir em toda parte. Avante!", declarou a ex-presidenciável Hillary Clinton sobre a improvável vitória num Estado tradicionalmente republicano. Os partidos nos EUA costumam concentrar seus esforços de campanha em Estados onde a preferência do eleitorado varia, conhecidos como "pêndulo", e não naqueles onde o resultado é previsível.

Os americanos irão às urnas para escolher novos deputados e senadores em novembro do ano que vem. Atualmente, os republicanos têm maioria também na Câmara, com uma vantagem de 46 cadeiras (de um total de 435). A expectativa dos democratas é que eles consigam ao menos reduzir essa desvantagem.

"A eleição no Alabama consolidou tendências que vimos em outros locais neste ano", escreveram, em artigo, os pesquisadores Kyle Kondik e Geoffrey Skelley, da Universidade da Virgínia --Estado onde os democratas também tiveram uma vitória significativa nas eleições locais no mês passado.

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A escolha de Moore como candidato, de perfil conservador e contrário a direitos LGBT, foi considerada desastrosa por parte do establishment republicano, e representa por si só um revés para Trump, que apoiou a campanha do ex-juiz mesmo depois das acusações de abuso sexual.

O presidente chamou Jones de "fantoche" e "fraco". Na noite de terça (12), reconheceu a derrota e disse que "vitória é vitória".

O entusiasmo de Trump e de seu ex-estrategista Steve Bannon com Moore deve custar novas deserções ao partido republicano.

Um antigo assessor do líder republicano no Senado Mitch McConnell afirmou numa rede social que Bannon mostrou "como perder uma eleição no Estado mais vermelho do país".

Parte dos republicanos defende menos espaço para a ala de Bannon, diretor do site de notícias Breitbart e alinhado a grupos da direita radical, a "alt-right".

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