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Hamas convoca dia de fúria após decisão de Trump sobre Jerusalém

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Protestos decorrentes da decisão do governo americano de reconhecer Jerusalém capital de Israel eclodiram na Cisjordânia e na faixa de Gaza, deixando pelo menos 17 feridos nesta quinta-feira (7), após a facção radical palestin

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 07.12.2017, 21:15:00 Editado em 07.12.2017, 21:15:12
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Protestos decorrentes da decisão do governo americano de reconhecer Jerusalém capital de Israel eclodiram na Cisjordânia e na faixa de Gaza, deixando pelo menos 17 feridos nesta quinta-feira (7), após a facção radical palestina Hamas convocar uma nova intifada (levante).

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Os confrontos ocorreram no dia que o premiê israelense, Binyiamin Netanyahu, afirmou que outros países poderiam seguir o exemplo americano e transferir suas embaixadas para a cidade --ele não revelou, porém, quais seriam esses países.

Costa Rica e El Salvador mantiveram representações em Jerusalém ate 2006. Hoje, não há embaixadas ali, embora a maioria dos governos reconheça Israel e tenha representação diplomática em Tel Aviv, por causa do status em suspenso da cidade, tida por israelenses como sua capital e cujo lado oriental é cobiçado por palestinos para sediar seu futuro Estado.

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Ao menos uma das pessoas feridas nos protestos está em estado grave. O embate começou quando milhares de pessoas na Cisjordânia e na faixa de Gaza foram para as ruas aos gritos de "Jerusalém é a capital do Estado Palestino". Parte delas começou a apedrejar os soldados israelenses, que responderam com balas de borracha.

O confronto faz crescer o temor de que a decisão americana gere nova onda da violência no Oriente Médio, principalmente após o Hamas convocar um "dia de fúria" nesta sexta (8).

"Devemos trabalhar para lançar uma intifada diante do inimigo sionista", declarou o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em discurso na faixa de Gaza, território do minado pela facção radical.

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Haniyeh, eleito líder do grupo em maio, pediu que palestinos e muçulmanos e árabes em geral se manifestem contra a decisão dos EUA.

"Deixem 8 de dezembro ser o primeiro dia da intifada contra o ocupante", afirmou.

Israel e EUA consideram o Hamas, que lutou três guerras contra Israel desde 2007, uma organização terrorista. A facção não reconhece o direito de Israel de existir e é responsável por uma série de atentados contra israelenses.

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Nos últimos anos, porém, o Hamas se distanciou da tática e buscou a via política, piorando um cisma com a Autoridade Nacional Palestina do presidente Mahmoud Abbas, sediada na Cisjordânia.

NETANYAHU

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A declaração de Donald Trump na quarta (6) de que Jerusalém é capital de Israel e de que pretende transferir para a cidade a Embaixada dos EUA em Israel sacudiu a região e provocou críticas de diferentes países.

Contudo, segundo Netanyahu, mais países estudam seguir os EUA: "Já estamos em contato com outros Estados que farão um reconhecimento semelhante" disse durante discurso no Ministério das Relações Exteriores.

Netanyahu afirmou que alguns países podem fazer a mudança antes mesmo dos EUA --Trump não especificou a data em que a embaixada será transferida.

Com medo que o anúncio dificulte as negociações de paz israelo-palestinas, congeladas desde 2014, e aumente a instabilidade na região, aliados dos EUA como Alemanha, Reino Unido e França, não aprovaram a medida. Líderes de países árabes e de maioria muçulmana, além de Rússia, China e do Vaticano, também criticaram a decisão.

Nesta quinta, segundo o grupo de monitoramento do terrorismo Site, a Al Qaeda pediu ataques terroristas contra os EUA por causa da declaração de Trump.

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