SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Membros do Partido Social-Democrata (SPD) deram luz verde em convenção em Berlim nesta quinta-feira (7) à legenda para que dê início a negociações para a formação de uma coalizão de governo com a União Democrata-Cristão (CDU) da chanceler alemã, Angela Merkel.
A votação significa que líderes partidários podem decidir renovar a chamada "grande coalizão" entre o SPD e CDU. Ambos vinham governando juntos pelos últimos quatro anos.
Após as eleições de setembro do ano passado, o líder do SPD, Martin Schulz, havia prometido reorganizar o partido na oposição, após ter sido punido nas urnas, segundo a avaliação dos próprio social-democratas, pela coalizão com Merkel.
Porém, as tentativas de Merkel de formar um governo com os Verdes e o FDP (liberais), terminaram em fracasso, tornando mais evidente o risco de que a chanceler tivesse de convocar novas eleições.
"A questão não é 'grande coalizão' ou não", disse Schulz antes da votação nesta quinta. "Nem ter um governo de minoria ou novas eleições. Não é sobre como exercitamos nossa responsabilidade, incluindo para a próxima geração."
Schulz afirmou que o partido se recuperaria apenas se pudesse oferecer uma clara visão de uma Alemanha e uma Europa que funcionasse para seus cidadãos, defendendo uma maior integração europeia e a criação dos "Estados Unidos da Europa" até 2025.
Schulz fez ainda um mea-culpa pelo último desastre eleitoral. "Não é apenas a última eleição que nós perdemos", afirmou. "Perdemos não apenas 1,7 milhão de votos desta vez, mas 10 milhões desde 1998 -a metade de nossos eleitores."
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