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Deputado dos EUA acusado de assédio vai se aposentar

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O deputado democrata americano John Conyers Jr. anunciou nesta terça-feira (5) sua aposentadoria da Câmara depois de diversas denúncias de assédio contra ele feitas por antigas assessoras. Ele fez o anúncio durante um programa

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 05.12.2017, 21:20:00 Editado em 05.12.2017, 21:20:05
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O deputado democrata americano John Conyers Jr. anunciou nesta terça-feira (5) sua aposentadoria da Câmara depois de diversas denúncias de assédio contra ele feitas por antigas assessoras.

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Ele fez o anúncio durante um programa de rádio em Detroit, sua base eleitoral, no qual disse que vai apoiar o filho, John Conyers 3º, para substituí-lo. Além dele, o senador estadual Ian Conyers, sobrinho-neto do deputado, também disse que pretende concorrer ao cargo.

Não está claro se a aposentadoria significa que Conyers vai renunciar imediatamente ou se vai esperar até as eleições legislativas do ano que vem para deixar o cargo.

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Eleito inicialmente em 1964 para a Câmara representando o Estado de Michigan, Conyers, 88, é o mais antigo membro da Casa e o congressista negro que mais tempo permaneceu no cargo.

"Eu estou no processo de fazer meus planos de aposentadoria. Eu me aposento hoje [terça]", disse ele, em um hospital de Detroit, onde foi internado na quarta-feira (29).

"Meu legado não pode ser comprometido ou diminuído de nenhuma forma pelo que está acontecendo", disse ele em referência às denúncias de assédio, que ele nega. "Isto também vai passar. Meu legado vai continuar através dos meus filhos."

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Conyers se reelegeu com facilidade em 2016 para um novo mandato no seu distrito, que tem maioria democrata, mas vem enfrentando uma série de pedidos de colegas nas últimas semanas para deixar o cargo depois das denúncias de assédio.

Entre os que pediram sua renúncia estão a líder democrata na Câmara, Nancy Pelosi, e o presidente da Casa, o republicano Paul Ryan.

Pelosi afirmou que haverá "tolerância zero" para assédio sexual. "Estamos em um momento divisor de águas; não importa quão importante é o legado de alguém, isso não é uma permissão para assédio", disse a deputada.

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O advogado de Conyers, Arnold Reed, afirmou que a saúde é a principal razão para o deputado deixar o cargo.

Conyers já havia anunciado sua saída do Comissão de Justiça da Câmara, onde era o principal representante do Partido Democrata.

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O democrata disse ter chegado a um acordo com uma funcionária sobre um caso de assédio com pagamento de indenização, mas sem admissão de culpa, em 2015. Ele pagou US$ 30 mil e a manteve na folha de pagamentos.

Na última segunda-feira (4), mais uma mulher apresentou uma denúncia contra o deputado de Michigan.

Elisa Grubbs, que foi assessora de Conyers entre 2001 e 2013, disse que ele passou a mão por baixo de sua saia e apalpou sua coxa quando ela estava ao seu lado durante um evento em uma igreja.

"Fiquei assustada, me levantei e gritei 'Ele passou a mão na minha coxa!'. Outros assessores presenciaram a cena", contou Grubbs.

Ela disse que também viu o deputado apalpar pernas e nádegas de outras assessoras, incluindo Marion Brown, que denunciou Conyers publicamente na semana passada. Segundo ela, o assédio "era uma parte constante da vida de quem trabalha no escritório do deputado Conyers".

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